Vinte e quatro de novembro, ao Olimpo, mais um membro é recebido com glória! Mais um deus que se introduz e, em homenagem ao Cruz, dá-se em luz outra alvorada rosicler à poesia. Nasce a aurora em novo dia de luz ao Cruz e às musas que vêm na assinalada figura, o “louco da imortal loucura”, um guia ou fiel soldado do Simbolismo que induz, talvez, por glória do Cruz à perpetuação da Escola Simbolista no Brasil para felicidade dos poetas coevos de língua portuguesa, como António Nobre, em Portugal, e dos vindouros artistas da poesia.
O ASSINALADO
Autor: Cruz e Sousa
Tu és o louco da imortal loucura,
O louco da loucura mais suprema.
A Terra é sempre a tua negra algema,
Prende-te nela a extrema Desventura.
Mas essa mesma algema de amargura,
Mas essa mesma Desventura extrema
Faz que tu'alma suplicando gema
E rebente em estrelas de ternura.
Tu és o Poeta, o grande Assinalado
Que povoas o mundo despovoado,
De belezas eternas, pouco a pouco...
Na Natureza prodigiosa e rica
Toda a audácia dos nervos justifica
Os teus espasmos imortais de louco!
Há outra postagem anterior sobre Cruz e Sousa em:
https://silolirico.blogspot.com/2016/11/cruz-e-souza-o-simbolista-brasileiro.html
O POETA
AUTOR: Laerte Tavares
És o imortal da imortal poesia
Que permanece aqui bem viva e forte!
Tua obra eternizou-se, de tal sorte,
Que ela te eterniza em mesma via.
Via da luz que, às almas, alumia
Como um farol a dar ao nauta o norte
E ao Simbolismo, esse eterno suporte
Canônico modelo, que é um guia.
A tua poesia é arte pura
Que encanta, que deleita e transfigura
A alma humana, pois, do ser mortal.
E a tua prosa é tão maravilhosa
Que quando nossa alma a sente, goza
De grande enlevo, o mais transcendental.
Novo livro de poemas:
Belíssimos sonetos, Laerte!
ResponderExcluirPeço desculpa por aqui deixar esta brincadeira em forma de soneto, mas... cá vai
"Passar-te isso junto a poesia(!)"
Que essa verdade é de importância extrema;
É por vezes mental o que é problema
E se não fora o SAAFs assim seria...
*
Entre vós com certeza não estaria
Se a minha mente não fosse um poema
Que em versos se refaz sem buscar tema
Porque, de versos, nunca está vazia.
*
Sim, trouxe alguns "defeitos de fabrico"
Que a custo vou vencendo. Descomplico,
Mas mantenho-me alerta a tempo inteiro.
*
Talvez por isso nunca tenha ouvido
Os tais conselhos do "senhor sabido"
Que dizem ser o nosso travesseiro :)
*
Maria João Brito de Sousa - 24.11.2020 - 12.06h
Muito obrigada e um forte abraço, Laerte!
Olá Laerte, belissimos poemas! Amei tanto o poema de crus e solza como o seu.
ResponderExcluirFaço minhas as tuas palavras:
A tua poesia é arte pura
Que encanta, que deleita e transfigura!
Parabéns.
Boa semana, beijos...
Lindíssimo de ler. Assim bem escreve um grande poeta.
ResponderExcluir.
Saudação amiga
QUE DEUS ILUMINE AS NAÇÕES QUE,EM BREVE, NOS SALVARÃO DO CORONAVIRUS!
ResponderExcluirVENHA TORCER CONOSCO NO BLOG DO SEU ANTIDO SEGUIDOR: "MUSICA É FELICIDADE".
OK?
UM ABRAÇÃO CARIOCA.
Belíssimo poema .Grande poeta .Saúde.
ResponderExcluirLaerte,
ResponderExcluirO amigo foi de “felicidade ciclópica” em mais esta postagem.
parabéns meu nobre poeta!
Abraços e cuide-se!!!
"Creio, Maria, que vais muito bem",
ResponderExcluirDiz-me Laerte com a gentileza
Que é bem própria do gestos de grandeza...
Eu corresponderei ;"E tu, também!"
*
Mas, hoje, a Musa pouca força tem
Pois como toda a musa que se preza
Também tem seus momentos de fraqueza
E está cansada de andar num vaivém.
*
Serão as suas "fases de pousio";
Quando anda a "poetar" num corrupio,
Fica exaurida e deixa de cantar.
*
Mais tarde voltará. Nunca sei quando,
Que a sua verve nem mesmo eu comando
E é ela quem decide, ou não, voltar.
*
Maria João Brito de Sousa - 25.11.2020 - 13.02h
*
Com o meu grato e fraterno abraço, Laerte!
PS - Esta pontual ausência da Musa não significa que deixe de responder aos seus sonetos, se lhe aprouver continuar este nosso poético diálogo. Ainda consigo escrever qualquer coisinha, ainda que à revelia da Musa :)
A passagem é o último poema na vida de um poeta sonhador e louco.
ResponderExcluirO assinalado...lindo título e soneto.
Meus sentimentos e parabéns pelo soneto em homenagem.
Abraço, Laerte.
Bello homenaje a este poeta brasileño no solo el mural en su ciudad natal también el tuyo con ese soneto.
ResponderExcluirDecirte que me informe un poco sobre el poeta y me alegra que no se perdiera este talento debido a su origen.
Saludos.
Uma bonita e sentida homenagem ao poeta.
ResponderExcluirLindos os sonetos.
Abraço e saúde
"Que ecoa no Olimpo - em todo o ar(!)"
ResponderExcluirE em cada ilha de cada oceano
Canta uma musa uma canção por ano
Dos muitos que calou qu`rendo cantar
*
Mas eu, que mal consigo, hoje, falar
De afónica que estou, se não me engano,
Em vez de poetar, vou causar dano
À musa que acabei de mencionar...
*
Trago uma voz de cana bem rachada
E embora estando presa e confinada,
Foi na garganta e nas cordas vocais
*
Que o frio se fez sentir; desafinada
Ficou a minha lira... e magoada
Por não poder expressar senão sinais.
*
Maria João Brito de Sousa - 26.11.2020 - 11.52h
*
Com o meu carinhoso abraço, Laerte!
ResponderExcluir"Falantes dos poemas de Maria"
Já que em Maria todas nós cabemos
E Joões há bem menos, bem sabemos,
Mas por João meu pai me trataria.
*
Também a minha mãe me chamaria
João, já que o Maria mantivemos
Pois João, isolado, não pudemos
Registar como nome... que heresia!
*
Maria é um apêncice, um sufixo
Do nome de João que sempre afixo
No final do que pinto ou do que escrevo.
*
Desculpe se o confesso abertamente,
Mas por João me trata toda a gente
E esse Maria só às leis o devo.
*
Maria João Brito de Sousa - 27.11.2020 - 11.50h
*
Laerte, quando nasci, na década de cinquenta do século passado, 99% das mulheres portuguesas eram Marias. Colocava-se o Maria antes do nome próprio apenas como indicativo de género/sexo e nunca por nunca ser a minha família ou os meus amigos me trataram por Maria. Sempre fui tratada por João e, ocasionalmente, por Jo ou Joãozita, quando era pequenina.
Aqui vai, com o meu carinhoso abraço e votos de muita saúde![(25)]
"Chamar-te-ei Jô, João!",
ResponderExcluirDiz Laerte e eu sorrindo
Ao vocativo bem-vindo
Não vou dizer-lhe que não.
*
Sou contra a desconstrução
Do que estamos construindo;
Da mente me vai fluindo
O que sai da minha mão
*
Pode a Musa ir-me fugindo,
Pode o frio ir agredindo
O meu frágil coração,
*
Posso estar quase dormindo,
Mas garanto estar ouvindo
Tudo, com toda a atenção.
*
Maria João Brito de Sousa - 28.11.2020 - 10.55h
*
Continuo à espera de melhorar um pouco, meu amigo. A Musa continua ausente e já começo a ter saudades dela...
Fraterno abraço
Bom dia. Parabéns por compartilhar aqui essas belas inspirações. Laerte obrigada pelo carinho que deixou lá no meu cantinho. Amei o lindo soneto. Abçs e um bom final de semana
ResponderExcluirA pintura está muito bem conseguida e funciona como um vistoso monumento ao escritor Cruz e Sousa, engrandecendo Florianópolis.
ResponderExcluirÉ uma maravilha para mim poder apreciar dois sonetos do género clássico, tão perfeitos, belos e expressivos! Estive a admirá-los...
Tenho para publicar poemas muito relacionados com este 'post'.
Um chama a atenção para a torpeza e vilania do racismo...
O outro é um soneto clássico, com a mesma métrica e rima dos supra-citados...
Amigo Laerte, nunca esqueça que o Refúgio dos Poetas é um espaço também seu. (Sorrisos...)
Boa semana em dias leves e inspirados. Abraço cordial.
~~~~~
Andei a contar sílabas poéticas e acentuação... Sorrisos...
ExcluirTudo pelo melhor...
~~~~~~~
"Por tratamento que eu fiz",
ResponderExcluirDo qual gostei, lhe garanto!
Tão pouco e soube-me a tanto,
Esse nome de petiz!
*
Fui eu quem assim o quis;
Não se desculpe, portanto,
Que esse Jo traz-me o encanto
Da meninice feliz.
*
Nenhum tempo me roubou,
Eu é que doente estou
E, por isso, "desmusada"...
*
Escrevo muito pouco, ou nada,
Porque a Musa me faltou
Quando o "motor" vacilou.
*
Maria João Brito de Sousa - 29.11.2020 - 11.47h
*
O "motor" é o coração, mesmo. Mas não se preocupe pois não me está a roubar tempo algum; eu é que estou fisicamente menos bem e entrei em "fase de pousio" o que é muito comum em todos os poetas e, de certa forma, favorável à própria poesia.
Fraterno abraço, Laerte!
Cruz e Sousa, mais um poeta que vim aqui conhecer. E gostei muito. Obrigada.
ResponderExcluirUma boa semana com muita saúde.
Um beijo.
Caro Laerte, este é um poema que faz jus ao poeta Cruz e Souza.
ResponderExcluirParabéns, abraço.
Jorge
Bonito e forte poema
ResponderExcluirUma produção de marca
Gostei
Parabéns pela evocação feita a Cruz e Sousa, sem dúvida um imortal das letras de língua portuguesa.
ResponderExcluirAbraço poético.
Juvenal Nunes
Bela homenagem a Cruz e Sousa, poeta simbolista que me dá a conhecer aqui. Visitei as outras referências dos outros anos.
ResponderExcluirGostei muito.
Abraço
Olinda
Olá amigo Laerte!
ResponderExcluirQue bela homenagem a Cruz e Sousa! Belos poemas de enorme significado!
Muito obrigada pela visita, e gentil comentário.
Ótimo fim de semana!
Abraço!
Escritor / Poeta, Laerte "Silo Lírico" !
ResponderExcluirAmigo, a minha emoção e entusiásticos
aplausos, por tão bela e merecida homenagem !
Parabéns !
Um caloroso abraço e um ótimo final de semana.
Sinval.
Olá, Laerte, que bela homenagem ao poeta dos sentimentos, adoro a poesia de Cruz e Souza justamente por me tocar, me emociono com a força da sua poesia. Um dos meus poetas preferidos.
ResponderExcluirQue lindo teu poema/homenagem!
Parabéns, poeta Laerte, por trazer tão significativo poeta brasileiro - e homenageá-lo.
Abraços para vocês, com um ótimo fim de semana!
Boa tarde amigo Laerte!
ResponderExcluirSua poesia cheira a transcendental!
E que iluminada homenagem!
Muita luz!
Eum abracinho sorridente!🍂💙🍂
Megy Maia🌈
Que lindas palavras compõem a poesia aqui partilhada!
ResponderExcluirApreciei muito!
Espero esteja tudo bem consigo, beijinhos e bom fim de semana!
Boa tarde, nobre poeta.Encantou-me com a sua postagem de um dos nossos grandes poetas, Cruz e Sousa, alcunhado de o "Dante Negro", ou como você bem o registrou, Cisne Negro, pois é o único eminente da raça negra junto com os demais, mestiços.Sua poesia mesclada de figuras de linguagem fascina a todos que gostam de saber através da literatura poética, um pouco mais deste mundo sensível às emoções.Seu poema,faz uma grandiosa homenagem ao nosso "Cisne Negro".Excelente sua postagem, nobre poeta. Obrigada por mais uma importante aula de literatura brasileira.Abraço!
ResponderExcluirOi Laerte,
ResponderExcluirDesculpa o atraso.Quanto o continho da Poliana: eu dificilmente copio alguma coisa e quando o faço passo vergonha. Transfiro minha ignorância para TRÓPICO: Enciclopédia ilustrada em cores. Vou jogá-la no lixo.
Me perdoa
Lua Singular
Oi Laerte,
ExcluirFiquei envergonhada da minha ignorância, pois eu coloquei um nome e você colocou outro, fiquei brava com a coleção da Trópico, pois copiei-a na íntegra. Não fui eu quem errei e sim a Trópico.
Abraços
Lua Singular
OLÁ! BOM DIA... ADOREI O SEU BLOG, MUITO INTERESSANTE. JÁ ESTOU SEGUINDO VOCÊ. VENHA CONHECER O MEU CANTINHO. ABRAÇOS ! ELISABETE.
ResponderExcluirOi Laerte,
ResponderExcluirArrumei a história e ficou tudo bem, eu a copiei da Trópico, Mas não gosto de copiar, ainda mais depois da vergonha que passei. Agora só vou escrever o que guardo dentro do meu cérebro. Me perdoa.
Beijos
Lua Singular
Olá, amigo Laerte!
ResponderExcluirMuito obrigada, pela visita e gentil comentário.
Votos de uma excelente semana!
Abraço!
Pois é, caro amigo Laerte, tivemos a sorte de ter um poeta com o enorme talento do Cruz e Souza, entre alguns outros poetas Simbolistas brasileiros, que seguiram o bom caminho dos precursores do Simbolismo na França, país que viu esse gênero literário crescer e sair além fronteiras, tendo em Charles Baudelaire o seu nome maior, que a muitos poetas influenciou. Certamente, o nosso Cruz e Souza não ficou nada a dever nem a Baudelaire, nem a qualquer outro poeta Simbolista. Por esses motivos, Laerte, esse teu belo e expressivo poema é uma justa homenagem a quem muito devemos.
ResponderExcluirParabéns pelo poema/homenagem.
Uma ótima semana, com os cuidados com o Covid 19 que está com bandeira vermelha nos três Estados do Sul.
Grande abraço, meu amigo!
Grande poeta Cruz e Sousa. E grande homenagem do meu amigo Laerte.
ResponderExcluirDesejo um Natal aconchegante e que continuemos a partilhar poesia e amizade.
Beijo.
Olá meu cara Laerte,
ResponderExcluirParabéns aos imortais poetas da nossa língua portuguesa e também pelo seu magnífico poema que diz "A tua poesia é arte pura", pode ter certeza que sim.
Um abraço!
Olá Laerte
ResponderExcluirUm momento muito belo de poesia
Ao ler os dois poemas apercebi-me como o meu amigo é um poeta da minha preferência. Adoro a sua poesia, leve melodiosa e bem disposta.
Por isso continue a encantar-nos
Um grande abraço
Se o poema do Cruz é muito bom, o seu supera-o. Claro que é uma apreciação subjetiva, mas foi o que senti ao ler os dois poemas.
ResponderExcluirContinuação de boa semana, caro Laerte.
Abraço.
Uma homenagem de excelência, a um poeta que só recentemente descobri, confesso... mas que rapidamente granjeou toda a minha admiração! Pelo que é um prazer imenso, descobrir e apreciar mais um pouco da sua obra, por aqui!
ResponderExcluirE que bom, verificar o reconhecimento de que é alvo, em tão notável pintura!
Grata por esta notável partilha e homenagem, Laerte!
Um grande abraço! Estimando que se encontre bem, assim como todos os seus! Bom fim de semana!
Ana
Oi amigo,
ResponderExcluirEu não falei nada de plagiar, apenas que você colocou um nome e eu outro. Não sou poetisa, só escrevo as minhas reminiscências e quando vou copiar algo dou os créditos passo vergonha, Só isso. Muito estão falando.
Abraços
Lua Singular
O poeta despreza figurinos
ResponderExcluirrecusa códigos crus ou cretinos
por isso vai vivendo no limite
Sem poetas seríamos mais pobres
sujeitos sem sentir as causas nobres
autómatos tornados dinamite
Feliz Natal e um próspero Ano Novo
Abraço,
Humberto
Natal é época de renascimento; é época de reacender o fogo da vida, de renovar os sonhos e metas para o ano novo que já se anuncia. É época também de celebrar todas as conquistas vividas e os objetivos alcançados. Esta é a época da virada, é tempo de planejar um ano ainda melhor do que este que está dando adeus. É tempo de reafirmar parcerias, e olhar para a frente com determinação e otimismo, levando conosco todas as lições que aprendemos. Desejo a você um Feliz Natal e um Ano Novo muito próspero. Espero, por mais um ano, compartilhar grandes momentos e conquistas!
ResponderExcluirSua poesia me encanta, admiro e aplaudo.
ResponderExcluirObrigado pela sua gentil visita no meu cantinho.
Desejo um Santo e feliz Natal,com saúde e Paz
Bj
Olá, caro amigo!
ResponderExcluirHoje venho apenas e simplesmente desejar-lhe
Festas Felizes!
Hola, amigo
ResponderExcluirLinda e sentida homenagem.
ResponderExcluirDesejo um Feliz Natal 🎄 e um Bom Ano Novo 🍾
Um grande e fraterno abraço
Hoje venho desejar-lhe um Bom Ano de 2021!
ResponderExcluirPeço por todas as pessoas que se livrem desse mal ( Corona Vírus ), que Deus ponha a mão sobre cada um e tire essa doença maligna, e que nos afaste cada vez mais desse vírus, peço saúde para a humanidade que juntos com a força da oração nos livraremos juntos desse mal, que nenhuma peste chegará as portas da sua casa. Amém
ResponderExcluir