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terça-feira, 24 de novembro de 2020

O CISNE NEGRO – NOSSO POETA SIMBOLISTA

 

Imagem do poeta pintada em lateral de edifício central em Florianópolis, SC - foto Internet

    Vinte e quatro de novembro, ao Olimpo, mais um membro é recebido com glória! Mais um deus que se introduz e, em homenagem ao Cruz, dá-se em luz outra alvorada rosicler à poesia. Nasce a aurora em novo dia de luz ao Cruz e às musas que vêm na assinalada figura, o “louco da imortal loucura”, um guia ou fiel soldado do Simbolismo que induz, talvez, por glória do Cruz à perpetuação da Escola Simbolista no Brasil para felicidade dos poetas coevos de língua portuguesa, como António Nobre, em Portugal, e dos vindouros artistas da poesia. 


O ASSINALADO


Autor: Cruz e Sousa

 

Tu és o louco da imortal loucura,

O louco da loucura mais suprema.

A Terra é sempre a tua negra algema,

Prende-te nela a extrema Desventura.

 

Mas essa mesma algema de amargura,

Mas essa mesma Desventura extrema

Faz que tu'alma suplicando gema

E rebente em estrelas de ternura.

 

Tu és o Poeta, o grande Assinalado

Que povoas o mundo despovoado,

De belezas eternas, pouco a pouco...

 

Na Natureza prodigiosa e rica

Toda a audácia dos nervos justifica

Os teus espasmos imortais de louco!

 

Há outra postagem anterior sobre Cruz e Sousa em:

https://silolirico.blogspot.com/2016/11/cruz-e-souza-o-simbolista-brasileiro.html

 

O POETA 
AUTOR: Laerte Tavares 

És o imortal da imortal poesia  

Que permanece aqui bem viva e forte! 

Tua obra eternizou-se, de tal sorte,  

Que ela te eterniza em mesma via. 

 

Via da luz que, às almas, alumia

Como um farol a dar ao nauta o norte

E ao Simbolismo, esse eterno suporte 

Canônico modelo, que é um guia.

 

A tua poesia é arte pura 

Que encanta, que deleita e transfigura 

A alma humana, pois, do ser mortal. 

 

E a tua prosa é tão maravilhosa 

Que quando nossa alma a sente, goza 

De grande enlevo, o mais transcendental. 


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