"IPÊ-AMARELO-OURO-PÁTRIO"- NATIVO DA MATA ATLÂNTICAJABUTICABEIRA - NATIVA DA MATA ATLÂNTICA PITANGUEIRA - NATIVA DA MATA ATLÂNTICAA PODA EXAGERADA AV. OTHON GAMA D'EÇA COM RUA BOCAIÚVA À ESQUERDA, A AMENDOEIRA PODADA – EXÓTICA
Eis que chega a primavera
Para o Hemisfério Sul
Com o céu de um supremo azul.
Sem meandros, veio à vera
Como o tempo que se espera
De revitalização
À luz e ao calor, que são
Contrários à pandemia!
A nova estação principia
Com esperança à Nação.
Floresce o ipê-amarelo
Que faz mais verde o vergel.
E misterioso pincel
Pinta o morro em seu cutelo
De cirro, num céu singelo
Azul da cor da bandeira
Desta Nação Brasileira.
E as cores da primavera
Fazem-se às suas, por mera
Natureza sobranceira.
Assim, estabelecido
O verde, azul, amarelo
E branco, sem paralelo,
Como a cambraia em tecido,
Parece ter mais sentido
O patriotismo, de novo,
Como se um broto em renovo,
Grelando sem pandemia.
E a primavera anuncia
Ânimo altivo ao povo.
Viva a estação das flores
Que vem trazer esperança
Para o Brasil de bonança,
Preservando os seus valores,
E ultrapassando os horrores
Da pandemia pungente
Que o país se ressente,
Mas que se lança ao progresso
Responsável e expresso
Como o valor de sua gente.
Gráficos e expertos apresentam que a pandemia declina em todo o
território nacional, bem como, em nossa Ilha. A flexibilização das normas à
liberdade em ir e vir foi decretada, porém com as restrições necessárias. E eu
me animei em ir à rua, ainda muito deserta, para ver a volta da primavera no
vergel que ora explode. À frente da nossa rua vejo os jardins do barãozinho Udo
Wangenheim, denso de arvoredo esbanjando cores novas de brotos tenros com
folhas tímidas em “dar as caras”, anexo a um terreno do Exército Brasileiro
onde as palmeiras imperiais, perfiladas, tomaram posição de sentido, eterna –
áreas de flora exuberante à rua Bocaiúva. Adiante, na esquina dessa rua com a Avenida Othon Gama D’Eça, deparo-me com uma poda quase a decepar uma amendoeira
secular, o que me fez pensar mal do homem: será que ela sobreviverá? Ou aproveitaram a pandemia para uma poda maligna? Diante da pandemia, tudo é capaz
de morrer, até a crença nos homens que se dizem gente nossa. Espero que o
arbusto sobreviva, mas eu me preocupei. O importante é que existem nas
imediações, novos “ipês-amarelo-ouro-pátrio”, plantados recentemente, estão
florindo para compensar a amendoeira que neste verão não nos dará sua esperada,
antiga e magnífica sombra. Em compensação, as jabuticabeiras saem da dormência
para dar saborosíssimos frutos, as pitangueiras florescem e a vida continua com
a pandemia a boreste a qual tentamos ultrapassar... E que Deus seja louvado!
Em confraternização na ACL – Karla Tavares, Edilson da Costa, Maíra Pinto e Diogo Tavares