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ESTOU NO VESTÍBULO DA ARCÁDIA
Lawrence
Durrell disse que “o homem é uma vaidade sobre um par de pernas”. Não querendo
me expor à exacerbação desse sentimento, mas dando lugar modesto ao meu
contentamento, com a devida humildade, com a qual procuro moldar minha alma e mente, não
poderia deixar de comunicar a amigo(a)s que por inscrição que fiz na Academia
Catarinense de Letras, em outubro último, como candidato à cadeira dezesseis (16),
cujo último ocupante foi o saudoso mestre Alcides Abreu, após análise de sete obras minhas e eleição
efetivada no dia 22 do corrente mês, os acadêmicos elegeram-me, dentre os
concorrentes, membro daquele sodalício.
Feliz, sim,
estou! Mas envaidecido, não. Dizem que “não é dado ao saber humano conhecer a
extensão de sua própria ignorância”. Por analogia, poder-se-á dizer que não é
dado também ao saber, conhecer a intensidade de nossa própria verve, nem a
magnitude anímica com a qual cada ser é dotado, porque a alma é uma entidade atemporal
e imaterial emprestada a cada ente humano. Dito isso, posso afirmar que por
desígnio desconhecido, fui guindado a estar apto à investidura em Academia
Literária prestimosa de grande tradição nacional por onde passaram luzeiros da
cultura brasileira. Faço essas considerações para dizer que não posso julgar se
sou digno dessa singular investidura ou não – “em cada cabeça haverá uma
sentença”.
Por ocasião da
posse, noticiarei aqui, data e horário, pois será um prazer enorme ver amigos
ao meu lado para importante brinde à literatura.
Cordialmente.
Laerte (Silo)