Linguagem[+]

quarta-feira, 21 de dezembro de 2016

FELIZ NATAL E PRÓSPERO ANO NOVO



          Amigos, logo tomarei férias... Tiro férias como penso deveria eu ter chegado ao mundo: vir para o mundo a passeio, não a trabalho, diria. A folga que pretendo ter é um passeio à revelia da rotina cotidiana que mais isola, cria condições de vida livre. Seria a liberdade sem horas, sem compromissos e sem medo de ser livre, na qual procurarei isolando-me, junto aos amores da vida (mulher, filho, amigos), na praia onde possuo uma pequenina casa que dista do oceano uns trinta metros, apenas. Lá, não tenho internet e assim dou um descanso aos nobres amigos que compartilham comigo relação de convivência escrita bonita e tão gratificante a mim, como meus amigos portugueses, cuja amizade me honra e eu a venero, mesmo na distância.

Aproveito e deixo um recado aos amigos: Quero que saibam o quanto é doce morar neste país que é um continente geográfico e humano. Como é divino um país tropical! Têm-se as sensações de viver as quatro estações bem definidas, tanto pelo clima quanto pelos costumes e sazonalidades das frutas aos seus tempos – é maravilhoso! Há uma orgia em diversidades de espécie ou gêneros que a natureza oferta. Dentro de cada espécie frutífera, uma profusão de tipos, e isso não para um ou dois gêneros, mas para a maioria dos frutos.

          Esperei por maio, o tempo das tangerinas e quando mal terminou a colheita, entrou a safra dos pêssegos, ameixas, lichia, graviola... Agora em dezembro, verão, junto à alegria natalina a exuberância da diversidade de frutas, frustra-me por não conseguir degustar todos os sabores, dado o pout-pourri  desmedido ao alcance dos olhos, em cada esquina. E lá no meu modesto cantinho, nós já teremos nestes meses: jabuticaba, graviola, nêspera, ameixa-do-pará, lichia, cambucá, fruta-do-conde, araçá, mamão, bacupari e as uvas de mesa em três tipos, sem contar alguns vasos com orquídeas abertas, neste tempo, para abrilhantar nossa merecida permanência, curta de um mês e meio, afora idas ocasionais no decorrer do ano.

            Deixo aqui um até meados de fevereiro quando as aulas recomeçam.

            Grande amplexo a todos! 


Ao pessoal meu amigo,
Desejo um feliz Natal
E um Ano Novo ideal
A sonhos tidos consigo.

Eu agradeço e bendigo,
De maneira especial,
A quem mora em Portugal
Que ao coração há comigo.

Desejo efusivamente
Natal bom a toda gente
E um Ano Novo de luz

E coração indulgente
Junto ao Pai Onipotente
E ao Deus Menino – Jesus.



quinta-feira, 1 de dezembro de 2016

30/11 - Fernando Pessoa

      
    O episódio do time esportivo Chapecoense foi tão dolorido que chorei na primeira resposta ao amigo Toninho, no comentário postado. Preferi poupar meu coraçãozinho antigo, evitando respostas aos que ali se manifestaram. E, para elevar o astral, deixo hoje uma frase de Fernando Pessoa e um pequeno soneto meu, com o intuito de emanar energia espiritual e ludibriar o luto que nos canais de televisão já está parecendo badalação, infelizmente.
    Como brasileiro expresso o meu carinho, amor e reconhecimento ao povo Colombiano pela magnanimidade de seu coração, neste triste momento para nosso país. Somos gratos à Colômbia, como Nação e Pátria, pela grandeza de suas instituições e generosidade de suas autoridades – Nossa gratidão eterna!
    Quero ainda, homenagear o Monstro sagrado da poesia portuguesa; o poeta Fernando Pessoa, que dispensa comentários de qualificação e atributos extraordinários – o "papa"...

“No meu tempo de criança ninguém havia morrido”

  Fernando Pessoa  autor da frase. 


            

 


“No meu tempo de criança
Ninguém havia morrido”,
E eu nem botava sentido.
Tudo me era esperança.

Agora que o tempo avança
E com a lembrança que eu lido,
Eu vejo já ter partido
Todos da minha lembrança.

Estou sozinho no mundo
Sem pais, irmãos e, no fundo
Sei que sou sobrevivente.

Mesmo que falte um segundo
De vida, ainda eu me inundo
Do amor que eterniza a gente.

Autor do soneto: Laerte Tavares