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terça-feira, 24 de maio de 2016

                          MARÍLIA

Foste a flor do jardim
Que não tive mais em mim.
Esse jardim existia
Pela tua companhia
Como sendo a linda flor
Florida em forma de amor.

            Hoje sem ti, triste, sinto             
Ser o tal jardim distinto
Daquele que a flor vivia
Deixando a vida vazia,
Vida minha sem sentido
Sem o meu amor florido.

Volte, Marília querida!
Venha devolver a vida
De um infeliz feito eu,
Pois Marília sem Dirceu
É como um jardim sem flor
Ou amantes sem amor.


Autor: Laerte S. Tavares


Veja parte da história de Marília e Dirceu no blog:
Linhas Ecléticas

sexta-feira, 13 de maio de 2016

COMEMORAÇÕES



AVE MARIA


Valei-me Nossa Senhora
Para que eu produza agora
Algo lindo em Seu louvor
Com fé, ternura e amor.

Hoje o cristão comemora
Por todo o universo afora
O Seu dia, com fervor
E seja com a atenção que for.

Eu, de humildade extrema,
Faço a Vós este poema
Simples como Vossas vestes.

Minha oração tem por tema
O amor que é meu mote ou lema,
E com a inspiração que Vós destes.


SALVE A PONTE HERCÍLIO LUZ


A Ponte Velha faz anos!
São noventa – longa idade,
Mas posa feita a beldade
De trejeitos soberanos.

E há nela traços humanos
De certa religiosidade
Em bênção à toda cidade
A maus-olhados insanos.

As catenárias são braços
Pra cima a altos espaços,
Com a estola tocando ao mar.

Evoca o Senhor dos Passos
Contra todos os percalços
E a benze, do seu altar.


TREZE DE MAIO 

Treze de maio é um dia
De evocação à vergonha
Pela sevícia medonha
Perpetrada com ironia.

Hoje, a cidadania
Faz mea-culpa tristonha,
Olha pra trás e nem sonha
Qual a tamanha agonia.

Nem tocar se deve, pois
No antes, só no depois
Do dia treze de maio.

Oh brasileiros, vós sois
Um povo só. Não são dois.
Senhorio foi o lacaio.

domingo, 8 de maio de 2016

Tainha




















“Em Florianópolis, antes...
Como era “de primeiro”,
Começava por janeiro ...
A todos os habitantes
De profissão ou amantes
A tal pesca de tainha,
Porque o trabalho tinha
Que começar no verão
Pra tudo estar pronto, então,
À hora que o inverno vinha...

E assim fica a ilha cheia
Por toda a orla marinha
De cardumes de tainha
Que quase encalham na areia,
Desde Armação – da baleia,
Volta à ilha, aos Naufragados.
Por quase todos os lados,
Há canoas lanceando
E a faina só para quando
Vir agosto – por meados...”

Do livro Ilha de Idílios