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sexta-feira, 31 de agosto de 2018

LEMBRANÇAS E PROPÓSITOS

Imagem fonte: Internet


    Amigo(a)s, ando tão atarefado que pouquíssimo tempo estou tendo para a blogosfera, mas deverei voltar brevemente, "contudo". Nesse interregno, tenho procurado ser presente, mas fico a dever demais. Nem aqui estou postando. Resolvi então, "criar vergonha" e editar algo. Deixo dois sonetinhos para cobrir lacuna. Minhas escusas e até breve. 


A CORTINA VERMELHA

Acordo-me em madorna, e sou feliz.
O silêncio do quarto me embriaga
De lembranças. Por razão tão vaga,
Sonolento, a dormir logo me fiz.

A penumbra da noite era um verniz
Diluído, mas havia uma chaga
Na cortina, qual corte por adaga
Que a feriu e  deixou a cicatriz.

A tal cicatriz com a luz da lua
Se fechou feito talho em carne crua,
Ou certo órgão ofuscado pela luz.

Eu sonhei com a imagem sensual tua
Numa dança do ventre, toda nua
Balançando ao ar os seios nus.



LEMBRANÇAS

A lua banha a lembrança
Com minha praia e mais nada.
Vejo uma luz encantada
Aonde a alma minha se lança.

No mar, a ondulação mansa
Refletia linda estrada
De luar, toda estrelada,
Presa à lua em argenta trança.

A Rapunzel, entretanto,
Destilava doído pranto
Na areia, e o lambia, o mar.

Formava um extenso manto
Do tamanho do encanto
Que agora estou a sonhar.


domingo, 5 de agosto de 2018

CONSCIÊNCIA


Minha querida Armação - foto do amigo Paulo Veríssimo

    
    Depois de alguns dias de descanso merecido, em nossa casinha em Armação do Itapocoróy, minha estimada pátria ou Haimat, como dizem meus amigos de descendência alemã, ou “à casa de mamã”, como dizem por cá, volto ao domicílio e ora à blogosfera, distanciado há dias. Apresento escusas pela ausência e possível interpretação de desleixo com relação à lealdade aos amigos que vieram ao meu espaço sem que tivessem retorno.
    Aqui estou; “pela graça de Deus e Nosso Senhor Jesus Cristo”, como dizem por lá! Prometo que, paulatinamente, voltarei a visitar todos da minha relação. 



CONSCIÊNCIA

A consciência humana é a campainha
Que alerta a nossa alma imune à falha,
E quer no sono ou auge da batalha
Ela desperta a mente, tão sozinha.

Mente que toca o coração e o alinha
À ética; e a moral atalha  
À ancestralidade igual a malha
Que une os nós aos fios da mesma linha.

A consciência humana é uma luz
Que surge à escuridão e nos induz
A enxergar na luminosidade.

E, ao empedernido ser, ela é a cruz
Que ele carrega e sabe que faz jus
Não ter a consciência da verdade.