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domingo, 24 de dezembro de 2023

FELIZ NATAL E PRÓSPERO ANO NOVO

 


NATAL 2023 

Autor: Laerte Tavares

 

Natal. E o meu ser sente a alma contente. /

Deste contentamento, alegre, eu sinto /

Que uma alegria invade o meu recinto /

E extravasa dele a outro ambiente. //

 

Depois, esta alegria escoa à frente /

Sob forma de amor como um instinto /

Que sente o mundo amargo estar faminto /

De igual contentamento transcendente. //

 

Que esta alegria chegue a cada amigo /

Como expressão da alma a estar comigo /

A outras almas irmãs; e que esta luz //

 

Ilumine o Natal, ao modo antigo, /

De todos vós que amo e que os bem-digo! /

Feliz Natal, irmãos em Deus  Jesus. 



segunda-feira, 20 de novembro de 2023

NOVAS LUZES NA RIBALTA

 



O Sol nasce com raios fulgentes 

Nessa cosmologia da política 

Ideologicamente falha e crítica 

Pelas cabeças frágeis e dementes 

Dos marginais políticos cientes 

Que algo andava errado na doutrina 

E os raios fulgurantes da Argentina 

De luzes auria, argenta, branca e azul 

A iluminar a América do Sul 

Transmitem uma esperança cristalina. 

 

Do caos vem a solução. Chegaram ao fundo do poço 

Tendo o mingau com caroço e alguns só à água e pão 

Onde o índice de inflação de cento e quarenta por cento

Ao ano, não deu um alento ao país que era pujante. 

Quem sabe se de ora em diante terão desenvolvimento...

 

O falso socialismo jogou o país no valo 

E igual rabo de cavalo, cresceu segundo eu cismo, 

Para baixo e ao abismo, salvo agora por Milei 

Que prometeu ser de lei diminuir o tamanho 

Do Estado e obter por ganho economias de rei. 

 

Deus salve a Argentina 

E seu povo extraordinário.  

Que o índice inflacionário 

Mediante disciplina 

E uma excelente faxina

Diminua e dê alento 

Para o desenvolvimento 

Dessa sofrida Nação 

De um povo ordeiro e irmão 

Que merece provimento.


quinta-feira, 12 de outubro de 2023

DIA DA PADROEIRA DO BRASIL

       Com o Brasil dividido entre esquerda e direita, branco e preto, rico e pobre, nós e eles, desanima a gente exarar alguma opinião de onde estamos e aonde iremos. Vê-se a floresta amazônica em chamas indecorosas sob o olhar cego da “turma do amor” que tanto criticava o “gabinete do ódio” do Governo anterior por uma queimada esporádica à agricultura.   

     É triste, constrangedor e perigoso dar a identificação política que se tenha, se ela divergir da identidade daquela dos “omi qui mandam”, visto que no cenário em que se vive, mesmo a palavra democracia vinda do grego com sentido categórico de significado, dada deterioração semântica, cada banda (sã ou podre), clã ou tribo tem a sua definição ajustada aos interesses afins e o que é democracia para um lado, não é para o outro. 

 Inclusive a santíssima Igreja Católica Apostólica Romana já a estão chamando de “Igreja caótica apostática romântica” dada pobreza franciscana. E sendo hoje o Dia de Nossa Senhora Aparecida, Padroeira do Brasil, pouco se fala na romaria e festa que ocorre todos os anos no Santuário da Virgem em Aparecida do Norte, São Paulo, porque o Bispo de lá, tendo um viés que o cristão julga canhoto, aceitou ministrar a sagrada eucaristia com hóstia consagrada por ele, à figura do escalão do Governo, que dizem ser socialista ateia, semanas antes do dia da Padroeira. E em decorrência dessa e de outras posições da autoridade religiosa citada, a romaria deste ano iria ser pífia, bem diferente daquela do ano anterior com multidão imensa em que os Padres Salesianos rezavam o rosário, enquanto os sinos da capela ao lado deles foram acionados para tumultuar a sessão de orações dos diferentes em posicionamento ideológico que tem a autoridade referida.  

Porém, nem tudo está perdido, porque hoje, no Brasil, é Dia da Criança também. Então, é melhor a gente se despir da indumentária de responsabilidade adulta para envergar um traje da alma infantil e assim, na ingenuidade, dar um suspiro de criança, sorrir e rir às gargalhadas por tudo isso, sentindo que o mundo está muito doido e, que às vezes, ele não merece a nossa lucidez. Só a credulidade ingênua do infante que há em mim faz aceitar mentiras, para conviver sem desavenças, entre diferentes e suplantar a discórdia com a tolerância como se fosse covardia. E, então, poder coexistir na paz, porque no amor pregado por Jesus é dose para mamute e essa suposta toxidade tumultuaria nosso raciocínio lógico, capaz de nos fazer crer em falsas narrativas e expedientes em recorrências rasteiras dos diversos. Portanto, em plena lucidez que ainda cultivamos, vivamos a criança que habita nossas almas. E oremos pelas crianças intra-uterina (contra o aborto) e as demais submetidas à ideologização das diversidades sexuais, que eles nominam de gêneros como se houvesse mais que dois – a pinta e o pinto. 

VIVA O DIA DA CRIANÇA 
Laerte Tavares
 
Hoje é Dia da Criança e a nossa alma infantil /

Vive em nós com o perfil do adulto que alcança /

A velhice, mas a mansa alma é ainda adolescente /

E transmite à nossa mente aquela luz da alegria. /

Que sejamos neste dia a luz que nossa alma sente.  


sábado, 23 de setembro de 2023

HOJE COMEÇOU A PRIMAVERA

     Minha constituição anímica me faz sensível às mudanças de estações do ano neste maravilhoso país tropical abaixo da linha do equador, o Brasil, que por natureza é um paraíso, não fosse a administração viver-se-ia bem melhor, mas não há bem sem senão e vive-se. Meu ser sente as mudanças climáticas das estações por sensações concretas e minha alma as sente por sensações que transcendem à física e concernem à vibrações sensoriais de outra ordem universal, que só o espírito as sente. 

     De todas a estações, a que mais me sensibiliza é a PRIMAVERA que começou hoje às 3:50h. Neste tempo, à sua atmosfera, sinto uma alegria sem causa definida como um louco pressagio de algo bom que me acontecerá. Isso porque amo as flores, o calor médio e a luz que ilumina bem de maneira moderada, sem aquela insolação agressiva

     Concretamente, a Academia Catarinense de Letras, confraria da qual faço parte, ao aniversário de seus cento e três anos, inaugurou à Primavera com obra literária extraordinária – uma coletânea com textos de seus acadêmicos em homenagem aos trezentos e cinquenta anos de aniversário de nossa cidade sede – Florianópolis SC. O título do livro é NAS ASAS DO MARTIM-PESCADOR.  

A primavera me excita e feito fera no cio 

Corto campo, cruzo rio buscando luz mais bonita

Ou alguma flor que se agita procurando pela luz. 

Esta estação me seduz, leva minha alma às alturas 

Dos céus entre as almas puras e de beleza infinita.



quinta-feira, 3 de agosto de 2023

POUCO A DECLARAR

 

FONTE - INTERNET 

Sinto-me desapontado em constatar que minha última postagem neste espaço foi em 07 de maio último. Ensaiava-me para editar alguma coisa e a inércia de repouso era mais forte, não me deixando sair da masmorra letárgica pela decepção em relação à política brasileira, com o aparelhamento, de atalaias, em observações de mídias digitais e redes sociais como o WhatsApp. Cessei com comentários no Twitter, Instagram, Face e Blogs, bem como de postar matérias em quatro páginas literárias que interajo. 

Estou direcionado, pelas circunstâncias, à criação literária, estando com três obras encaminhadas. Uma delas deverá seguir ao prelo nos próximos dias. Como nada tenho a comentar, venho falar de flores – meus versos, por versejador contumaz que sou. Ou melhor, postar uns vídeos interpretados por Salvador dos Santos, jornalista e radialista de Universidade do Estado de Santa Catarina, de poemas da minha lavra. Abraços cordiais. 


domingo, 7 de maio de 2023

DIA DAS MÃES E DIA DO FADO

      Sendo um humilde escritor, versado em romances, contos, crônicas, ensaios e poesias, arrisco-me também em composições de letras musicais, cujo maestro Zezinho, dileto amigo, já musicou algumas delas. Eu sou um zero à esquerda em música, pois só cursei, interno em colégio salesiano, em tenra idade, o Canto Orfeônico. Então, se alguém ligado à música se habilitar à musicalização da presente letra do fado português, ficarei contente. 

     Visto que no Brasil, o dia consagrado às mães – Dia das Mães é o segundo domingo de maio, em homenagem a elas compus alguns versos que publico também, a não deixar o dia 14/05/2023 passar por este espaço em brancas nuvens. Abraços. 

 

O FADO É A ALMA LUSA
           Autor: Laerte Tavares

 

Faz lembrar alguém 

Algo que o fado tem 

No tom de tristeza, solidão e mágoas? 

Lembra a mim o som das águas 

Das ondas do mar aberto 

Batendo ao costado, e forte, 

Da nau posta à própria sorte   

Da rota com destino, mas incerto 

E o nauta, preso à nau como cativo, 

Sente-se até morto; ou vivo 

Temente ao naufrágio e à morte.

 

Tendo o mar encapelado 

O vagalhão bate ao costado

Desaguando no convés 

E vai sair através 

Das escoas, com um som 

Arrastado, tendo o tom

E ritmo iguais ao do fado. 

 

Por isso que o som do fado 

Lembra o marujo embarcado 

Na solidão do alto-mar

Imprevisível a estar. 

A nau navegando avança, 

E a alma do marinheiro

Fareja, no ar, o cheiro 

Da morte, até na bonança.

Porém, na luz da esperança. 

 

O fado é a alma lusa 

Navegadora que usa 

A força do corpo humano 

 Para vencer o oceano.

E, essa alma é o fado  

Do argonauta fadado    

 Ora, a ser, do fado, a musa.  

 

DIA DAS MÃES
   Autor: Laerte Tavares 

 

Mãe – palavra comovente 

A mim e creio que a quem

Perdeu a sua também,

Como a perdi de repente. 

 

Mas a vida ensina a gente 

A viver, seguindo além 

Quando algum percalço tem

E eu, superei lentamente. 

 

Hoje, com a mãe do meu filho 

E ele, eu me maravilho 

Vendo que Deus nos conduz. 

 

Dia das Mães é estribilho 

Do cântico de vida, ao trilho,

Que canto com amor e luz.


Mãe
Autor: Laerte Tavares

Mãe, palavra poética sem ter rima

Mas soa doce, ao tom de uma ternura

Alagada de amor da criatura 

Progenitora  ou mãe, que orbita acima 

Dos céus e chega à mente por estima 

Arraigada à lembrança e ao mor filial

De onde surge o belo universal

À arte literária em poesia 

Prenhe de intensa luz, que alumia

O coração humano, qual fanal.


Palavra Mãe
Autor: Laerte Tavares

A palavra mais sublime 

Do meu encanto, em menino

Foi mãe, no primeiro ensino

Recebido. Ela exprime 

Vida – nascer para o time 

Da família como sendo 

Mais um milagre estupendo

Fruto da luz do amor,

Plena no seu esplendor

Deste universo colendo. 

Postcode recente Uma Odisseia na Roubada - Projeto Cultural selecionado pelo Prêmio Elisabete Anderle de Apoio à Cultura – Edição 2022, executado com recursos do Governo do Estado de Santa Catarina, por meio da Fundação Catarinense da Cultura. Processo FCC 2920 / 2022.

Foto: Laerte Tavares 


domingo, 9 de abril de 2023

FELIZ PÁSCOA

 


PÁSCOA  
Autor: Laerte Tavares

Feliz Páscoa e que à luz /

Da fé com a ressureição / 

Entre em cada coração /

Festivo, porque Jesus /

Transitou na dor da Cruz / 

Mas não findou. Está vivo /

Por Divino; eis o motivo / 

Para felizes, saldar / 

Deus Filho vivo, no altar /  

Eucarístico, e altivo. //  

 

// Muita luz, muita alegria, / 

Amor em todos sentidos /

Para amarmos, redimidos / 

Do pecado que havia /  

Em nós. Então, que este dia /

Seja de contentamento /

Por alegres, no intento /

De sermos gratos, cientes /   

Do que representa aos crentes / 

Páscoa, Paixão e Advento.

Poema de autoria de Laerte Tavares com edição bilingue em 
página literária portuguesa de Ana Freire.


quarta-feira, 8 de março de 2023

DIA INTERNACIONAL DA MULHER

 

A VOCÊ UMA ROSA

O Dia Internacional da Mulher não poderia eu, deixar passar entre as nuvens cirrosas nas alturas. Tenho que me fazer presente não para enaltecer o protagonismo das mulheres no poder, mas para cantar as suas fragilidades, meiguices e encantamentos que tanto me seduzem, e eu, canto-os todos os dias, porque todos os dias são dias de se render homenagens a elas e aos seus encantos. Parabéns, minhas queridas! Que sejam felizes e plenas de realizações nos  diversos campos de convivências, hoje e nos demais dias. 


A MULHER

Mulher é humana e é feito um ente

Encantado em um tal encantamento 

Que encanta a todos. Não a julgo ou tento

Entendê-la, sentindo-a transcendente. 

 

Entre os descrentes sou estranho crente 

Que crê, prudente, só no sentimento 

Do que é real; e a alma toma assento 

No trono da verdade que ela sente.

 

Assim eu sinto o encanto da mulher 

Não encantada por fada qualquer,

Mas com luz própria feita de ternura. 

 

A mulher é humana e é divina. 

Tem o eterno brilho de menina. 

É a luz de um fanal com graça pura. 

 

terça-feira, 3 de janeiro de 2023

MINHA HIGIDEZ

Poemas que compus quando internado: 

HOSPITAL 

O hospital nos reconforta.

A atenção é enorme.

Enquanto se come e dorme,

Alguém bater à nossa porta.
 

Deus escreve em linha torta.

Faz com que o mal se transforme

No bem e, assim, conforme,

Dá luz à vida não morta.
 

O hospital é um hotel

Cinco estrelas, no papel

De nos restaurar a vida.
 

É feito a um servo fiel

Com a vida em lua de mel

Dando à saúde guarida.

 

"OH, VIDÃO"
 

É trinta e um de dezembro.

A Sandra e eu no hospital.

Para cumprir ritual,

Trilhei tradição que lembro.
 

Brinde de espumante ao membro

Direito, via canal

Venoso. Com a via oral

Eu canto, em voz que desmembro:
 

Uma voz, faço em tenor.

Sandra, em soprano inferior

Formando, assim, um dueto.
 

Feliz Ano Novo, Amor!

À Luz do Pai Criador,

Dancemos, em minueto!?...


    Baixei ao hospital para reposição de sódio por inchaço generalizado, decorrente de disfunções cardiovascular-respiratórias e detectaram, dias após ao tratamento,  uma agressiva erisipela bolhosa nas pernas.
    O importante disso foi como encarei, otimista, a provação, chegando a encaminhar um poema ao médico amigo, Dr. Jorge Helias que nos ligava constantemente, bem como a um colega escritor de Blumenau que havia me enviado seu livro recém-editado, Cao Hering, ironizando que eu estava a brindar com espumante, via venosa, em companhia de minha esposa, o primeiro do ano.
    Porém, ainda mais curioso é que recebi alta ao meio-dia do dia primeiro do ano e da cadeira de rodas, na qual a enfermeira me conduzia à portaria do nosocômio, já liguei à central de radiotáxi pedindo um carro. Passados alguns minutos, recebi mensagem informando não terem localizado táxi, ainda, mas continuariam tentando. Aguardei e veio a resposta de que não existia carro àquele horário. Liguei ao aplicativo Uber – recebi mensagem de preço majorado ao valor da corrida, mesmo assim confirmei. Responderam-me que a corrida foi cancelada por não haver veículo disponível. A portaria do Hospital ligou para todos os pontos de táxis que tinha na lista, sem que um só atendesse. Meio-dia de Primeiro do Ano, a cidade morta, às moscas, com a posse de todos os políticos, à tarde, nem carro passava em frente ao prédio. 
    Inesperadamente, um anjo azul da Pomerânia, se me revelou: estacionou à minha frente, um flamante automóvel Corola. O condutor saltou, dirigindo-se à cabina de cobrança do parque, do meu lado. Analisei o ariano de dois metros e dirigi-me a ele. Expus meu drama e indaguei se seria capaz de conduzir-nos a nossa casa (minha mulher carregada de bolsas e valises e eu), situada nas imediações próximas. Ao que ele, imediatamente, disse sim; abrindo as portas do carro para que eu me acomodasse ao banco dianteiro e minha mulher no banco de trás. Deu início ao trajeto e nos falou: o pior é que meu pai, que se encontra na U.T. I., indagou-me se o corrupto já tinha tomado posse e eu lhe disse que não. Respondi-lhe: É, que vergonha, as nossas Forças Armadas deixarem os patriotas que estão há mais de cinquenta dias acampados em frente aos quartéis; gente idosa, tomando chuva e vento, dormindo em barraquinhas e os militares não deram uma declaração a eles, como se a posse do Ali Babá fosse normal, perante tantos indícios de anomalias na forma como foi processado o pleito. É o cúmulo do desrespeito e falta de consideração para com o povo brasileiro de bem. Eles perderam toda a credibilidade. São odiados pela esquerda e, agora, serão rejeitados pela direita. Triste fim de uma instituição que tem como patrono, nosso herói maior, o Duque de Caxias. O senhor assentiu e eu fiz mais alguns comentários sobre outros Judas, indagando o seu nome? – Celso Hofmann. Não querendo ser um atrevido inquisidor, deixei por isso e fui de copiloto orientando o trajeto, quando, por excepcionalidade, havia uma farmácia de plantão no percurso, onde ele parqueou o auto e desembarcou para comprar materiais de higiene ao pai. Já servido, deixou-nos em frente ao nosso edifício. Emocionado, consignei nossa gratidão.
    Minha mulher acionou códigos de uma e outra porta de acesso ao prédio, código do elevador social e, finalmente ao doce lar.
    Apelei aos meus contatos tentando encontrar dados sobre o anjo azul e no dia seguinte recebi do meu fraterno amigo Braz da Silveira, escritor e emérito acadêmico da Academia de Letras da cidade vizinha, Biguaçu, onde ambos residem, dados que o amigo, com credencial de Sherlock Holmes e olho de geômetra, conseguiu-me todos com endereço postal do cidadão, deixando-me apto a enviar-lhe um bom vinho e uma cerveja alemã como homenagem à sua generosidade. 

Poema declamado por Laize Alves, do livro ESPERANÇAR