Em vinte e um de setembro comemora-se o Dia
Internacional da Paz. Diante de tantas atrocidades, desmandos e mandos
desastrosos, sempre se tem algo para comemorar. Sabe-se que além da tolerância necessária
para encarar certos fatos, é preciso se ter a alma livre do ódio e da sede de
vingança, mesmo com nossas retinas ainda marcadas pelas senas infames de “esfaqueamento”
a um agente passivo, apenas por rancor ideológico. Imaginando que tudo tem início em
nossa casa, dentro de nossa própria aldeia, importante seria dar exemplos de amor, fé
e caridade ao nosso próximo, cada vez mais distante. Bom se pelo menos, em nossos
espíritos, pudesse haver um pouco de alegria da festival Primavera, estação da luz, das
flores, das aves, dos perfumes, das cores e das borboletas multicoloridas a
sobrevoar nosso astral, ecoando em contentamento e calor nos corações
pela atmosfera sobre um manto
diáfano de alegria e paz...
Quero fazer uma digressão para entrar em outro campo, no
domínio onírico da fantasia romântica ou
enlevação poética, buscando a irrealidade como um estado anímico e mental
mágico ou plano astral de maravilhas e sonhos, como se fosse uma homenagem a um
mestre. Imaginemos estar em transe hipnótico e nos transportar a uma
catarse. Disse um espiritualista: “Um povo que vive sob um céu que tem o
símbolo de uma cruz feita de astros, jamais perderá a sua fé”. E o nosso povo
não perdeu a fé que redunda em esperança e, por conseguinte, busca a
consecução dos seus objetivos. O Brasil, aos poucos, vem superando o trauma. Eis que o gigante
acordou por um número que para os místicos, é mágico: o número 196. Cento e
noventa e seis anos de Independência, cuja soma dos algarismos 1+9+6=16 que tem
como resultado da adição do número 1 + 6 = 7, e sendo sete o número supremo,
representa um deus ou o próprio Altíssimo. Por esse suposto deus, fez-se o
milagre: o gigante sonolento acordou por uma estocada, na semana da Pátria, à
procura do seu verdadeiro rumo. A numerologia afirma que será encontrada a rota
segura a partir de 2019, visto que no número 2019 o (zero) ser a ausência de
valor (mesmo que para muitos seja o número supremo), e a soma dos algarismos dele, 2 +19 = 21, que são 3 x 7 com os três
setes representando três deuses. Porém, que deuses seriam esses a formar a
tríade? Se verdade esta divagação poética, gostaria que os nomes dos Deuses
fossem os da Trindade Santa: o nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. E que
assim seja para a glória de um povo.
À PAZ
Hoje, o melhor que se faz
É programar o futuro
Ao relacionamento puro
De amor, esperança e paz,
Deixado o que houve atrás
Como um cadáver sepulto.
Façamos então, um culto
À paz e à tolerância
Feito exemplo da infância
De respeitar o adulto.
Nós todos somos iguais.
“Eles ou nós!” - não existe.
Baixemos o dedo em riste
E ergamos ele em sinais
Que somos todos mortais,
Cuja efemeridade
Nos dispensa a vaidade
De ator melhor que o vizinho.
Sigamos, pois, o caminho
Da paz e da caridade.
Somente a paz edifica!
A intolerância tirana
Não condiz com a vida humana
Que de amor deve ser rica.
Só o amor dignifica
E a paz enobrece a lida.
Uma lágrima vertida
Que represente o perdão
É paz, amor e união;
E é Deus que abençoa a vida!