QUEDAS DE ABELARDO LUZ – SANTA CATARINA, BRASIL
No DIA DO MEIO AMBIENTE fomos acometidos com as chuvas torrenciais que se abatem sobre o Brasil, que parece estar a nos dar um puxão de orelha em advertência às mazelas de nossa civilização universal; e "um viva ao maluco americano!..."
Para homenagear o DIA e expor o estado de alerta que estamos a vivenciar, compus dois poemetos não muito breves:
Natureza
Fogo, terra, ar ou vento,
Água, Tao – vazio ou cheio
Na natureza e no meio
Ambiente, como elemento
Ao homem a ter assento
No panteão dos eleitos
Em equilíbrios perfeitos
Benéficos à natureza,
Qual penhora da certeza
De que não seremos rejeitos.
Tão doce uma mata amena,
Um riachinho dourado
Com um arbusto ao lado
Ou uma plantinha pequena
Dando vida e alma à cena
Do ambiente natural,
Quer vegetal ou animal.
Faz parte da raça humana
O tal meio, donde emana
O equilíbrio ambiental.
As folhas caem no outono
Para dar mais luz a terra.
A natureza não erra,
Deixando o sol ser o dono
Do solo no inverno, em sono
Que acorda na primavera,
Antes do verão, à espera
Das folhas, flores e frutos
Saírem dos galhos brutos...
E volta tudo ao que era.
Mas se o homem desmatar?
Se não cuidar do ambiente?
Se for com o meio, imprudente?
Se poluir todo o ar?
Vai deixar em seu lugar
O caos. Se o planeta aquece,
Que restará de benesse?
Poderá vir o castigo
Natural, e o Deus amigo
Não ouvirá nossa prece.
Será o homem um predador
A devorar a si mesmo,
Usando o ambiente a esmo
Como dele, sem pudor,
Achando-se superior
Ao meio que o rodeia
Como dono da cadeia
Alimentar e do mundo?
Pobre homem moribundo,
Vai colher o que semeia!
POEMA - vídeo
ESTAS CHUVAS...
Esta chuva que Deus manda
Parece até ser castigo.
Pelo excesso e sem demanda
Tornar-se o grande perigo.
Chove, chove e chove tanto
Que extravasa os rios.
E a nós, provoca arrepios
Que entre a prece e o pranto
Há lamento em cada canto
De um território em ciranda
Que roda, roda e desanda
A voltar ao antigo ponto.
Deixando o seu povo tonto,
Esta chuva que Deus manda.
E a força d’água é bastante
Sem alívio ou previsão
Que a precipitação
Chegue ao final e, diante
Do fim, ainda distante,
O povo procura abrigo
Ou a casa de um amigo
A não ficar à mercê
Da água que vê e não crê.
Parece até ser castigo.
Toda a Defesa Civil,
Prestimosa a seus trabalhos
Procura, meios e atalhos,
Como um soldado servil
Para aplacar o Brasil
Deste desastre. E comanda
Ações, cuja propaganda
Orienta os flagelados
Com tanta água, alagados
Pelo excesso, e sem demanda.
É triste, o triste flagelo
Que assola o país inteiro!
O nosso Estado é um ribeiro
Sem margens, e em paralelo
As águas sobem ao castelo
De proa que era abrigo
No convés e não jazigo
Se o navio, por azar,
Na hora de adernar
Tornar-se o grande perigo.
Bravo poeta um grito muito bom e oportuno, o homem é o maior destruidor da natureza, e a mesma é sábia e cobra seu espaço.Grata por compartilhar seu grito!
ResponderExcluirGrade abraço.
Envie o seu poema traduzido a um cretino que (des)governa os Estados Unidos.
ResponderExcluirAquele abraço
Belo grito esse e parece que os homens não se tocam, não ouvem os gritos, os recados que a natureza nos manda! abraços, chica
ResponderExcluirQue bela homenagem ao nosso meio ambiente! Bem que precisamos de tratar melhor dele!
ResponderExcluirhttp://asreceitasdamaegalinha.blogspot.pt
Parabéns por essa bela, singela, verdadeira e oportuna homenagem a nossa mãe natureza. Abraços, Lúcia.
ResponderExcluirE precisamos gritar cada vez mais alto contra os desmandos diários contra a natureza. E dizer palavra por palavra que urge não esquecermos dela é premente, e fazê-lo com poesia e arte torna o desafio maior, porém cala mais alto. Valeu, meu caro poeta!
ResponderExcluirForte abraço,
Assusta-nos a insensibilidade nossa e de nossos governantes que só pensam em usufruir da Natureza... Esquecem que fazemos parte da mesma. Tocante homenagem!
ResponderExcluirAbraço.
Laerte, meu querido amigo, primeiramente para agradecer pelos sensíveis comentários lá no meu espaço onde mostras em frases e versos a tua generosidade e carinho para comigo. Também me sensibilizaram os recados que enviaste pela nossa querida amiga Céu. Tu és um amigo muito querido!
ResponderExcluirTenho lido algumas postagens sobre o meio ambiente, neste que é um dia a ele dedicado. O teu poema expressa bem o que tem acontecido com a natureza, fruto dos desmandos do homem que não sabe cuidar daquilo que tanto o beneficia.
Os versos sobre a chuva que castiga tanto uma região, também são muito oportunos e com uma certa crueza nos trazem a realidade dos problemas dela advindo. Tanta água a se derramar por aí, e lá no nordeste aquela secura toda a castigar os nossos irmãos nordestinos.
Segundo Einstein:
"Quando agredida, a natureza não se defende. Apenas se vinga."
Que as horas dos teus dias sejam preenchidas com a mais bela poesia que pousar no teu coração.
Meu carinho,
Leninha
Hola paso por agreferte tu fidelidad en mi blog.
ResponderExcluirGracias.
Besos
Gosto especialmente do segundo poema, cheio de ritmo e dizendo muitas verdades! Tudo o que se disser é pouco para chamar a atenção das populações para este assunto do ambiente e das agressões que diariamente lhe são feitas.
ResponderExcluirE o poema que deixou no meu blog está adequadíssimo ao temo que escolhi para o último post...
Um abraço deste lado do oceano
Amigo Laerte, obrigada pelo belíssimo soneto no meu blogue e parabéns por mais estes encantadores poemas!
ResponderExcluirO ambiente e a natureza são, de facto, fontes inesgotáveis de inspiração!
Obrigada pela sua visita e poema, seu "Camões" de lingua lusa.
ResponderExcluirAbraço,
Ana
Laerte, amigo, não sabia nada desses dilúvios...
ResponderExcluirNa semana passada, um amigo queixou-se de seca no Nordeste...
será que a chuva anda mal distribuída?
Os seus poemas são verdadeiros hinos! Tanta perícia, tanto
talento, numa criatividade fecunda, rápida e extraordinária!
É um prazer ler o que conosco partilha amigavelmente.
Desejo muito que o problema do excesso de água se resolva sem
tragédias...
Nas próximas postagens vou ter Fernando Pessoa...
Vai gostar.
Dias mais amenos... que o Sol retorne a esse lindo país.
Abraço, Amigo
~~~~~~~~~
Dois poemas importantes para nos fazerem pensar
ResponderExcluirum beijinho
Gábi
Boa tarde!
ResponderExcluirLinda poesia em prol do meio ambiente, que é tão negligenciado... as "autoridades" se esquecem que sem cuidar dele, daqui a pouco de nada adiantará eles serem autoridades.
Caro Laerte,
ResponderExcluirMuito bem, em lembrar o Ambiente. Infelizmente, não tratamos da Natureza com a grandeza que deveria ser tratada. E como se diz aqui por Portugal, "só nos lembramos de santa Bárbara, quando faz trovões". E, um dia a natureza, defende-se e nesse dia o homem chorará... sobre a sua poesia, ela fala por si. Parabéns.
Um espetáculo estes versos!
ResponderExcluirEssa consciência me encanta, deveria ser generalizada e urgente, parabéns!
Olá Laerte
ResponderExcluirPintaste,a natureza com todas as cores...
És muito bom a construir,versos.Gostei daqui e do lado de lá...
Beijo
Será o homem um predador... que se devora a si mesmo...
ResponderExcluirSuas palavras, resumem muito bem a natureza humana, Laerte... e a inconsciência das acções dos homens no meio ambiente!
Dois notáveis poemas, que não poderiam assinalar de melhor forma, este dia...
Um grande abraço! Bom fim de semana!
Ana
Uma brilhante e poética homenagem à Natureza. Um alerta para que os homens tomem consciência, de como os seus atos impensados e egoístas, destroem o nosso planeta, a casa de todos nós.
ResponderExcluirBom fim de semana
Um abraço
Maria de
Divagar Sobre Tudo um Pouco
Olá amigo Laerte! Maravilhosos poemas,com uma alusão à nossa mãe natureza. Que seria de nós sem ela.Ela que nos ensina todos os dias e que nos traz tanta vida. Bom fim de semana, grande abraço!
ResponderExcluirLindo poema Amigo, a natureza agradece e eu também por compartilhar.
ResponderExcluirGrande abraço, Léah
Fantástica postagem.
ResponderExcluirEncantada deixo
meu boa noite e
os votos de um feliz domingo.
Bjins
Bjins
CatiahoAlc./Reflexod'Alma
Realmente estão acabando com o planetinha, Laerte! Tanta irresponsabilidade, tanto pouco caso... Mas uma coisa que poucos perceberam, o planeta não chora, não se lastima, ele se vinga!!
ResponderExcluirOlha o que está acontecendo no sul? Estamos embaixo d'água, como vocês aí e parte do país. Veja o Trump, não lhe interessa a poluição nem ter deixado o tratado da França, o que interessa é o lucro. Prezo os cuidadores do planeta, as ONGS não governamentais, mas não podem fazer mais do que estão fazendo. Pena, um planeta lindo, comove quando vejo as suas montanhas, seus rios, mares... Enfim, rezemos.
Grande abraço, amigo!
Muito bom este teu espaço.
ResponderExcluirEncontrei, li e gostei!
Lola
Vi as notícias da chuva, creio que morreu gente por causa disso.
ResponderExcluirMas a natureza tem sempre razão no que faz. Por isso, há que a respeitar.
Os poemas são excelentes. E ajudam a promover o ambiente.
Bom domingo e boa semana, caro Laerte.
Abraço.
As chuvas abundantes, as secas, tudo é responsabilidade dos homens que não sabem gerir o planeta...
ResponderExcluirQuanto aos seus poemas você lida tão bem com as palavras que é um gosto lê-lo...
Uma boa semana.
Um beijo.
.Será pouco tudo o que falarmos em favor da Natureza. Há tantos anos o homem devasta o mundo para enriquecer.
ResponderExcluirLembro-me de São Joaquim, quando de lá sai aos 11 anos de idade, e deixei os campos cobertos de araucárias, os nossos pinheiros. Depois de 30 anos lá retornei, e não vi mais os pinheiros.
Um abração, Laerte.
Meu amigo: muitos, mas muitos parabéns pelas criações poéticas. São terríveis os cenários de guerra mas os crimes ambientais são algo de indescritível no que respeita à amputação do nosso planeta. Nunca se recupera e, matando parcelas dele, estamos a contribuir para a dizimação da humanidade. Mas, como ele não se queixa, só se manifesta, pensamos (sobretudo os arautos da economia) que é indestrutível.
ResponderExcluirBj
Passei para desejar um excelente fim de semana
ResponderExcluirUm abraço
Maria de
Divagar Sobre Tudo um Pouco