Exemplos em trabalhos pedagógicos
O Pão por Deus teve origem em Portugal. Há relatos de que à época do terremoto que
destruiu Lisboa (1/11/1755), um ano depois houve um peditório para angariar
fundos à ajuda das vítimas da catástrofe. Em Portugal também, a prática da tradição passou para as
crianças que saíam às ruas em pequenos grupos, pedindo Pão por Deus, de porta em
porta e recebiam doces, broas, romãs, frutos secos, nozes, castanhas, que elas colocavam em seus bornais e voltavam felizes para casa entoando cantigas.
No Brasil, a tradição do peditório chegou com os açorianos ao litoral de Santa Catarina (1748). Na época, a prática tinha outro viés. As pessoas se comunicavam através de mensagens
escritas em papéis coloridos e rendilhados, quase sempre em formato de coração feito à
mão. Os versos eram escritos em quadrinhas, ao gosto popular,
de agrado, ou bem-dizer. Porém, a maioria dos recados era para cortejar um pretenso amor. Quando o rapaz se atrevia a fazer o pedido, e se a rapariga
demonstrasse interesse, mandava-lhe em retribuição, até um bolo muito bem confeccionado
em formato de coração. Para o intento, havia fôrmas apropriadas, mas se a pessoa
não dispusesse do utensílio, fazia um pão de massa no mesmo formato.
As
quadrinhas eram mais ou menos assim:
Lá vai o meu coração
Com o vai e vem da maré,
Vai pedir-te um Pão por Deus
Sendo teu amor e tua fé.
Lá vai o meu coração
Nas asas de um bem-te-vi
Vai levando o meu amor
E pede um Pão por Deus a ti.
Lá vai o meu coração
À vela, com um vento duro,
Vai pedir-te um Pão por Deus,
O amor: meu porto seguro.
Lá vai o meu coração
Nas asas de um passarinho
Vai pedir-te um Pão por Deus
E o teu amor e carinho.
La vai o meu coração
Com um barqueiro remador
Vai pedir-te um Pão por Deus,
Com muita fé e amor.
Lá vai o meu coração
Nas asas de gaturamo
Vai pedir-te um Pão por Deus
E o amor de quem eu amo.
La vai o meu coração
Nas asas de uma andorinha
Vai pedir-te um Pão por Deus
E o teu amor, ó, rainha!
Lá vai o meu coração
Nas asas de um beija-flor
Vai pedir-te um Pão por Deus
Com teu carinho e amor.
P.S. – Questionado, devo esclarecer que naquela época os rapazes não eram eram educados aos serviços culinários. Os belos corações em papéis diversos eram confeccionados por tias velhas, irmãs ou vizinhas desses moços, que se ofereciam ao serviço. Por outro lado, havia marinheiros embarcadiços que mesmo embrutecidos pela inclemência do mar e suas agruras, assim como tinham suas habilidades maravilhosas em artes de marinharia com nós, pinhas de retinidas e as mais diferentes peças, faziam corações de Pão por Deus em papéis e rendavam aos cortes com navalhas de barbear.
Adorei a quadrinha e a tradição.Não lembro dela aqui na minha cidade! abraços, feliz novembro,chica
ResponderExcluirOi Chica, aqui na Ilha também não mais há isso. Eu sou saudosista e lamento. Tão linda a tradição... O que se há de fazer? Recordar é viver...
ExcluirGrato. Abraço cordial. Laerte.
Pois é, Laerte, nossos Estados estão lado-a-lado e eu também, como a Chica, não sabia disso!! Sei que Florianópolis (Santa Catarina) tem muito de Portugal, suas ruelas, arquitetura... até o sotaque de vocês tem o tempero português.
ResponderExcluir"O Dia do Pão por Deus!" Veja só...
Gostei das quadrinhas e dessa história, o qual teu amigo nunca me havia falado. E como são variadas nossas tradições! Lembro de uma pessoa, daí de Floripa, que um dia se referindo ao meu sotaque de gaúcha, me disse: nossa, como os gaúchos cantam pra falarem! Nunca percebi.
Abraços dos pampas!
Tais, o teu digníssimo nasceu no pico da serra, São Joaquim, a cidade mais fria do Brasil - nasceu no gelo e não apodrece nunca. Embora sejam cidades vizinhas por cem quilômetros que as separem, têm diferenças culturais enormes. Os açorianos também chegaram ai por Porto Alegre - Porto do Casais - no fim da Avenida Borges de Medeiros, foi a sede do local comemorativo, onde desembarcaram - do Rio Guaíba - rio que tem o por do Sol mais belo do mundo - Ah que saudades... saudades de vocês também digo, pois. Abraços. Laerte
ExcluirA quadrinha fico devendo, mas referente ao Dia do Pão-por-Deus ou Dia dos Bolinhos (esse comemorado mais nas aldeias portuguesas) se sabe que é uma tradição pouco lembrada na nossa região, porque somente alguns núcleos ainda mantém a representação desse movimento, a partir dos cartões confeccionados, trazendo as quadrinhas e portando um docinho de leite envolto em palha de milho... Também é visto que para as últimas gerações é desconhecido. Assim como as bruxas de Franklin Cascaes aqui da Ilha é algo de pouco atenção, pois o que está mais em evidência em nosso meio são as manifestações “Trick or treat!” - do Halloween que se proliferam, regimentando atenções de crianças a adultos.
ResponderExcluirBjs
Palavras da mestra! Que direi eu, pobre discípulo? O docinho na palha de milho eu me recordo como um dinossauro antigo. Realmente as bruxas cantadas e decantadas pelo grande mestre, doutor em conhecimentos açorianos com mestrados lá nos Açores e cá no Brasil, vai ficando esquecidas. E o "trique-traque" pirotécnico chegou para ficar... Grato. Laerte.
ExcluirLaerte, cada vez que aqui venho fico mais rica culturalmente.
ResponderExcluirDesconhecia que aí no Brasil também tinham esta tradição do Pão-por-Deus e que comunicavam através dessas mensagens em papéis rendilhados com o formato de coração.
Tudo aí é sempre mais doce e amoroso até na língua portuguesa :)
Um beijinho
Oi Fê, sua palavras me emocionaram. Amorosa é a sua doce visão. Muitíssimo agradecido. Fico feliz que pense assim, o que acredito que seja mesmo. O que me surpreendeu foi sua sensibilidade em querendo ou não, nos amar sem conhecer. Isso que me sensibilizou. Mas creia-me eu amo tanto Portugal quanto a minha pátria natal. Grande abraço fraterno. Laerte.
ExcluirNão imagina o quanto gostei desta postagem Laerte...
ResponderExcluirAinda se pratica nos Açores esta celebração do «Pão por Deus»
do modo tradicional, com a visita de crianças que recebem
bolinhos e guloseimas.
As panificadoras distribuem pães doces pelos lares e acolhimentos.
Foi muito interessante verificar como a tradição manteve-se em Santa Catarina e, com o término da pobreza extrema, acabou por derivar por uma manifestação de amor...
Devia haver um maior relacionamento entre essa ilha brasileira e os Açores.
Fiquei deliciada, Laerte.
Abraço.
~~~
Grato, Majo! Que bom ver que a tradição lá permanece e que pena que aqui se esvaiu. Majo, há quem diga que nós somos a décima Ilha dos Açores. O intercâmbio cultural é intenso. Há uma entidade, Casa dos Açores da qual faço parte que promove essa cultura. Há na Universidade Federal de Santa Catarina, na Ilha, um Núcleo ao qual pertenço que preserva tradições promove encontros anuais com muitos representantes dos Açores. Há escritores açorianos que veem lançar livros aqui como há os daqui que lançam lá. E o maior: grupo de rendeiras nossas daqui, foram aos Açores ensinar as rendeiras de lá a fazer rendas - aquelas que foram esquecidas do modus faciendi. Veja, pois, estamos juntos. Até este humilde escritor vende livros por lá. Veja a capa de um livro meu com a pomba do divino para falar de canoas, ventos e mares... Grande abraço. Majo. Laerte.
ExcluirÁvido, consumo. Claro, sem a criatividade de um poema tal como fez para comentar a minha postagem. Saio gratificado com a tradição portuguesa espraiada pela Ilha.
ResponderExcluirVoltarei outras vezes porque neste porto da Ilha há muito para se aprender.
Forte abraço,
Grande poeta! Honrado enormemente em tê-lo neste espaço humilde. Minha gratidão! Que belas palavras de quem é do ramo: "espraiada pela ilha." - "neste porto da ilha"... Ficarei feliz com novas visitas. Abraço cordial. Laerte (Silo).
ExcluirOlá Laerte,Gostei dos versinhos, tudo bem lúdico, cheio de doçura.
ResponderExcluirPois é gosto muito de aprender e desta maneira poética como o fizeste é bem melhor. Não conhecia esta história portanto também não a tradição. Achei interessante a maneira como tudo foi se transformando até chegar por aí na sua Ilha, aliás tudo na vida e no mundo se transforma.
O fato é que amei.
Parabéns,
Grande abraço, Léah
Que belas palavras, Léah! Doces são as suas palavras amáveis, pinceladas com as cores da ternura e os matizes cordiais da amabilidade. E veja, Léah, complementando sua observação que a vida é uma ondulação constante onde tudo muda, que bom que a mudança à Ilha chegou transformada em amor. Por isso e outras que eu a denomino de Ilha de idílios. Grande abraço fraterno. Laerte (Silo)
ExcluirOlá, SILO LÍRICO - amigo Laerte !
ResponderExcluirDesde menino ouço, por esta Ilha afora,
historias a respeito do "Pão-Por-Deus".
Entretanto, acabas de dar uma aula
esclarecedora, sobre esta tradição.
Parabéns pelo belíssimo texto.
Um fraterno abraço.
Sinval.
Oi Sinval, meu amigão! Esta é a Ilha dos casos e ocasos cheia de mistérios como as bruxas do Franklim Cascaes. A cada dia se acha uma coisa nova ou chega com um Velho e velado vento, velho vento vagabundo do Cruz e Souza, coisas novas à Ilha. Grato pelo elogio ao texto. Volte sempre e minha gratidão pela visita. Abraço. Laerte.
ExcluirLaerte,
ResponderExcluirmuito contente e orgulhosa venho agradecer a sua visita e o lindo comentário deixado no meu blog.
Gosto de saber que a sua ascendência materna é açoriana.
Os Açores deram ao mundo muitos talentos de renome. Os seus belos textos e poemas são exemplo da herança genética. Apenas li alguns, mas vou tentar ler todos com mais calma e tempo.
Esta crónica sobre o Pão-Por-Deus está ótima!
Um abraço.
Oi Terezinha, feliz em estar contigo no meu pequenino espaço. Muito obrigado. Como é lindo o teu blog amiga! E como é rico em detalhes. Dá para viajar com ele. Ah Terezinha, saudades de Portugal, minha segunda pátria. Desculpe a ousadia, mas, grande beijo à amiga que acabo de conhecer. Minha gratidão pela visita. Voltarei ao seu blog e volte ao meu, por favor, para engrandecer este espaço. Tudo de bom! Laerte (Silo).
ExcluirPresumo que o amigo Laerte tenha ascendência açoriana pela rica narrativa que faz das tradições ancestrais associadas ao Dia-de-Todos-os-Santos.
ResponderExcluirPor cá, em Portugal continental, a tradição do Pão-por-Deus não é celebrada em todas as regiões. Na região Centro (onde vivo)mantém-se, especialmente nas zonas rurais. Logo pela manhã a garotada anda de porta em porta a proclamar o actualizado pregão "oh tia dá bolinho?". Os mais velhos, durante a tarde, visitam-se reciprocamente para degustar o bolinho e frutos secos que acompanham com vinho de mesa e generoso (Porto e outros).
Grande abraço.
Mestre, minha gratidão em tê-lo comigo! Sim, tenho por parte de pai ascendência ao Porto e por parte de mãe, descendo de humildes pescadores vindos dos Açores. Com meu avô materno, tomei o gosto pelas décimas do cancioneiro, as quais ele declamava com vigor e emoção de um santo. Também compunha algumas. Sim!... sim!... os bolinhos. Que bom que a tradição ainda perdure... Deus seja louvado! Nós cá, vivemos da recordação. Mas como recordar é viver, estou pois revivendo essas emoções distantes. Palavras do mestre que me tocaram demais - "com vinho de mesa generoso". Vinho é o meu fraco e o vinho português o meu paraíso. Saudades... aqui, quando o tenho, gosto doce dos felizes... Muito obrigado. Grande abraço fraterno. Laerte (Silo).
ExcluirBom dia, amigo! tradições que foram acabando neste Portugal continental, talvez pela influencia do turismo ou da comunicação social sobre as novas gerações, é pena que por ai também tenha acabado a tradição, nunca a conheci, certamente que é importante não ser esquecida, talvez um dia possa surgir novamente.
ResponderExcluirContinuação de boa semana,
AG
Sinto igualmente a perda de certas referências tradicionais do meu tempo (da antiga infância do dinossauro antigo) distante, e quando lembro ou ela me chega de veneta feita um arrepio, e começo a me conscientizar, dá-me uma nostalgia enorme - verdadeira saudade. Em um dos comentários acima, estão postadas lembranças dos docinhos de leite embrulhados em palha de milho. Veio-me aos olhos a pobreza do doce amarrado com a mesma palha, a magnanimidade de coração, meiguice e carinho de quem me ofertou - uma ama velha, e junto a essa doçura, a doçura física ao palato, com certa adstringência que me fez salivar. Mas como recordar é viver, vivi momentos de ternura plena.
ExcluirSobre o ressurgimento, creio difícil. Se eu voltasse a juventude, o faria por brincadeira e quem sabe, como um número irreal, fosse o vetor de entrada à nova moda, tão antiga. Grande abraço. Laerte (Silo)
Grato pelas palavras no Olhar d'Ouro.
ResponderExcluirMuito interessante este blog. Gostei de descobrir!
Abraço
Obrigado, amigo Rui. Que bom que gostou! Volte sempre. Mais vezes também voltarei ao seu belíssimo espaço. Minha gratidão! Abraço fraterno. Laerte (Silo).
ResponderExcluirNem sei por onde começar, Laerte, mas costuma ser pelo princípio, obviamente, mas onde encontro eu o princípio para responder ao seu comentário, tão terno, correto e tão elogioso? Evidente que não encontro! Não tenho palavras.
ResponderExcluirOlá, meu querido e novo amigo!
Começo, agora sim, por agradecer a sua visita e palavras tão agradáveis, que deixou no meu blogue (estou a escrever Português de Portugal, mas "Em Roma, sê romano". Todavia sei que k entende mto bem a nossa Língua), que mesmo não correspondendo à totalidade dos atributos lá mencionados, alguns, de facto, são verdadeiros. Não sofro de falsa modéstia, conclui-se.
Acho muita humildade da sua parte, quando chama mestres a outros comentadores. O senhor é mestre, o senhor é que é mestre na escrita, na vida e na delicadeza. Tendo raízes açorianas, outra coisa, não seria de esperar, pke os ilhéus do arquipélago da Madeira e dos Açores, em geral e mto em particular os dos Açores, são gente muito boa e genuína e o meu novo amigo virtual, não pode ser e não é exceção. No plano cultural, há vultos importantíssimos e são tantos que levaria mto tempo a mencioná-los, mas ponho em evidência Vitorino Nemésio, que os meus pais escutavam com avidez e mto interesse.
Fala do Alentejo e dos seus vinhos. Sou alentejana, do Baixo Alentejo, mas não apreciadora de vinhos, mas mto obrigada pela "publicidade". Temos efetivamente produtos mto bons e gente com características únicas, o k não quer dizer k sejam as melhores das melhores.
Estive lendo (sim, os alentejanos, os brasileiros e os ilhéus usam sempre o gerúndio) o seu texto, tão a propósito do dia referido, e lamentavelmente não me lembro dessa tradição. Estou em Lisboa desde os 2 anos de idade e nunca ouvi falar de tal "coisa", mas como estamos sempre a aprender, fiquei a saber desse costume, que acho fabuloso, através das suas palavras, tão bem direcionadas e colocadas. As quadras e os papéis achei de um elevado bom gosto e talento.
Parabéns, muitos parabéns pelo seu texto e mto obrigada, Mestre!
Abraço-o, carinhosamente.
Quanto elogio de Sua Alteza a este pobre marquês!... Fiquei vermelho, mas exultante por teu interesse ao meu espaço modesto, Céu. Muitíssimo grato! Eu prefiro calar que faltar com a verdade. Creia-me que fiquei realmente impressionado com a densidade de teus poemas. Falei, quando os li, à minha mulher que estava do outro lado da mesa com seu notebook: - poxa!... encontrei uma mulher aqui que compõe maravilhosamente bem seus poemas; têm conteúdo, lirismo e arte poética, mas o mais importante, é que seus versos têm ritmo para embalar o leitor! Como ela acha que eu tenho bom gosto, então, ergueu-se, e junto a mim compartilhou meu parecer. Você é maravilhosa poetisa, ao nosso gosto! Parabéns, mais uma vez!
ResponderExcluirDevo confessar minha ignorância imperdoável por eu ser um amante dos Açores e vir a conhecer Vitorino Nemésio somente à data recente, por Majo Dutra, do Algarve que há pouco também a conheci de blog. Excelente poeta!
Que bom que vives em Lisboa... “Ah que saudades que eu tenho do velho fado e do bacalhau assado. Ah que saudades!... “ ... da ginginha, da bica com um pastel de Belém, das farinheiras de caça, de um arroz malandro com línguas de bacalhau, das castanhas assadas nas ruas de Lisboa, e, o meu reino por um vinho português degustado na origem. Os alentejanos são os melhores, embora Portugal todo, produza bons vinhos – até Lisboa, é uma boa região.
Agradeço as palavras elogiosas e a convido a vir sempre neste espaço simples para iluminá-lo com suas palavras luminosas, gentis e amáveis, mas que se despeça dele com um resquício de soma em sua alma, pois se nada achar, encontrará a gratidão do meu coração a palpitar por teus poemas e por ti, minha querida Céu. Sempre voltarei ao teu espaço para tomar de tua taça o doce vinho da intensa poesia. Laerte.
Olá Laerte,achei muito interessante a sua publicação,pois não conhecia tudo que relatou.
ResponderExcluirObrigada por nos compartilhar.
Bjs e grata pela visita e comentário.
Carmen Lúcia.
Oi Carmem Lúcia, seu blog também me é muitíssimo interessante. Gosto muito e voltarei sempre lá. Obrigado pela visita aqui e atenção. Grande abraço. Laerte.
ExcluirGostei do seu espaço por aqui. belos escritos...
ResponderExcluirValeu, Anjopoesia! Volte sempre. Abraço cordial. Laerte.
ExcluirMuito interessante meu amigo esta tradição que veio dos Açores e que eu desconhecia.
ResponderExcluirUm abraço e boa semana.
Andarilhar
Grato amigo, pela visita! É, a tradição no Brasil já virou “Trick or treat!” - do Halloween norte americano, mas o importante é que em várias regiões de Portugal ainda perdura e esperamos que se mantenha para a glória da tradição portuguesa. Abraço cordial. Laerte.
ResponderExcluirAmigo Laerte (Silo), engenheiro e poeta, há pouco fiquei sabendo, por alguns amigos, que em breve vais assumir uma Cadeira na Academia Catarinense de Letras. Aliás, com justiça.
ResponderExcluirQuanto a esta tua postagem, "O dia do Pão-por-Deus", está muito boa. Um texto excelente, com ótimas quadrinhas sobre o tema. Uma aula de História do maior valor, tanto para os portugueses como para nós, descendentes portugas. Congratulações.
Grande abraço. Pedro.
Oh meu grande amigo!.. Teu fraterno coração de príncipe vislumbra o sucesso deste pobre marquês! Por enquanto estou na "Academia Rocha" fazendo umas musculações das pelancas de fibras flácidas.
ExcluirAmigo, na verdade fui convidado a duas sessões de saudades na Academia Catarinense de Letras, por seu Ilustre e Imortal Presidente. Sessões essas que o Sodalício dá por vagas as cadeiras dos falecidos imortais. E dizem a boas línguas que isso é um convite velado ao escritor inscrever-se à vaga quando da saída do Edital pela Imprensa Oficial do Estado, a ele cabalar junto aos demais membros, para conseguir cinqüenta por cento mais um de votos a assumir uma cadeira vaga. Veja que estou no umbral da Academia. Mas pelo menos, estou à sombra de importantes imortais com os quais me julgo um admirador pasmo ante a grandiosidade deles frente a minha pequenez. Mas de qualquer forma, agradeço a tua torcida, amigão! Meu abraço. Laerte.
Costumo dizer que aprende-se muito com os blogas e aqui hoje aprendi bastante. Apesar de ter nascido e vivido numa aldeia do norte até aos 24 anos ( altura em que fui psra o Brasil ) não me lembro dessa tradição. Recordo sim desses trabalhos em papel, mas que eram feitos em tiras de papel, mais ou menos largas para enfeitarem as prateleiras da cozinha, pois naquele tempo não havia armários como hoje; as mulheres faziam desenhos interessantes com a tesoira e muitas vezes usavam até jornais; por cima das lareiras, onde eram confeccionados os alimentos em potes de ferro, havia chaminés grandes e em toda a volta fixavam esses " folhos " de papel para ficarem mais bonitas. Hoje, felizmente nessa aldeia as casas são modernas , muito confortáveis e bonitos armários compõem o mobiliário das cozinhas.
ResponderExcluirAmigo, obrigada pelas informações que aqui nos dás sobre o nosso Portugal; fica bem e até breve. Um abraço.
Emilia
Corrigindo... tesouras( muita gente nas aldeias dizia tesoiras...)
Excluirpara..
Desculpa! Bjo
(Meu amor!...) Desculpe-me a expressão inicial, mas não achei interjeição para
Excluirindicar minha ternura ante o texto seu que me tocou a alma do antigo infante. Ele me transportou à antiga casa de meus avós paternos e maternos e imaginei as aldeias de onde seus pais vieram. Isso me deu uma nostalgia e ao mesmo tempo uma alegria tão grande que me vi a flutuar junto aos meus pensamentos que seguiam as trilhas de suas doces palavras. Muito agradeço! Lembrei sim das toalhinhas franjadas de papéis coloridos - papel de seda. E creio, Emília, que eu as sei fazer. Lembro perfeitamente dos desenhos. Sim: as tesoiras... velhas e meio enferrujadas que eram amoladas de formas estranhas - cortavam com a tesoira, lixa de cação (tubarão) ressequidas ao sol, e ela pegava bom fio, novamente. Ah... que saudades, Emília!... E você me abriu um sonho de consumo - visitar uma antiga aldeia portuguesa. Juro que chegarei lá um dia. Emília, aqui, a minha gratidão pelo privilégio se sua companhia em meu pobre espaço. Abraço cordial. Laerte.
Oi, Laerte, deixei uma réplica lá no meu espaço.
ResponderExcluirClica aí em cima, no meu nome, que vais dar no meu perfil, onde estão os blogs...é mais fácil.
Abçs! Inté!
Oi Tais, garanto que fui elemento de chacotas entre ti e teu digníssimo, ao saberem que o "pouca prática" aqui, copiava e colava o endereço do site na mesma página e não se dava conta que o blog estava a todo o vapor, a desenvolver-se com a habilidade dessa maestrina da pena Tais Luso. Mas não fico corado, não!... Ainda vou cresce e tornar-me adulto como vocês!...
ExcluirSim, Tais, já estive lá. São dois blog de muito bom gosto e gerido com apuro de quem é do ramo. Meus parabéns! Minha gratidão e abraços a esse casal amigo. Laerte.
Não, não foste 'chacotado', não! Mas sempre que precisares, é só dar um grito que a gente escuta aqui! O começo é assim, e pior foi nosso começo em que tudo era feito através de tags, dentro do corpo técnico do blog - difícil!
ExcluirAh... isso aqui (rsss) significa risos!
Inté!
Valeu, Tais! Realmente, pelo que vejo, vocês têm muito tempo de estrada. Obrigado por se colocarem à disposição dos meus insólitos desarranjos. Mas como digo: sou novo e tenho todo o tempo e disposição da minha juventude exacerbada. Rá, rá, rá... Abraços. Laerte.
ExcluirNão conhecia essa tradição. Sou paulista do interior e por aqui nunca vi, o que é uma pena. Deve ser bem interessante.
ResponderExcluirOi Abigail, desculpe-me da demora para responder-lhe! É que somente agora vi a postagem do comentário. Obrigado! Sim, Abigail, mas realmente essa tradição é bem típica do litoral catarinense, trazidas por portugueses do litoral português e por açorianos, pescadores. Abraço fraterno. Laerte.
Excluir