Hoje cedo levantei e à janela olhei o
mar, lembrando ser aniversário da minha cidade que deveria chamar-se Ondina, a
ninfa das águas, mas a denominaram de Florianópolis em homenagem à figura déspota, segundo
algumas opiniões de cidadãos daqui. A cidade denominou-se, inicialmente, Póvoa
de Santa Catarina, por estar situada à Ilha de Santa Catarina. Depois Póvoa de
Nossa Senhora do Desterro. Posteriormente, Vila do Desterro e, finalmente o
nome atual.
Ao meu gosto seria Ondina, nome de
mulher, deusa, como realmente ela é – divina, maravilhosa e adorável. Não poderia
deixar de homenageá-la com um poeminha pela musa e deusa de meus sonhos, neste dia.
Ilha,
ao teu aniversário,
Eu
te saúdo e devoto
O
mais extraordinário
Amor,
de tempo ignoto!
Saúde! Contigo eu brindo,
Erguendo bem alto a taça.
Peço
a Deus a luz e graça
Ao
teu futuro, bem-vindo,
Oh, Ilha! Que seja lindo
Teu porvir, amor de ilha!
Teu porvir, amor de ilha!
Tu és estrela, és a filha
Da luz, posta ao oceano
Com o destino soberano
Da luz, posta ao oceano
Com o destino soberano
De uma estrela que brilha.
Só
quero paz a esta Ilha!
Extrema
paz sem ser morte.
Quero
a única quadrilha
Que
tiver que ter, por sorte,
Seja
a de festa Junina
Sob
proteção divina.
Mais
paz e muita alegria
A
esta ilha de idílios,
Terra
de luz e magia,
Que
acima do supercilio
De
quem na Ilha pensar,
Pense
no bem do lugar!
Meu
amor, por ti, Amor,
É
amor sem dimensão,
Intenso
qual explosão
Do
meu ser interior
A
expandir seu clamor
A
torto e a direito, a torto...
Desde
que fundeei no porto
À
tua beira, e fiquei
Morando por gosto, por lei.
Zarpar?
Só depois de morto, Talvez...
Que bonita homenagem, Laerte! Realmente Florianópolis é linda, apresenta um ‘quê’ português em suas ruas, na sua arquitetura, no mercado, no sotaque do povo... Assim a gente sente quando visita essa ‘senhora bonita’! É muito bom quando temos uma sintonia grande com o lugar que nascemos, que vivemos. Faz parte da nossa alma. Parece que vivemos um eterno poema. Sei o que você sente.
ResponderExcluirMeu abraço gaúcho a vocês e Florianópolis!
Adorei essa poesia e homenagem.Gosto muito de Floripa,maravilhosa com suas praias deliciosas e lindas! Parabéns! abraços,chica
ResponderExcluirAcróstico
ResponderExcluirIlha do Desterro
Foi nos velhos anos setenta que por aqui
Literalmente cheguei pra fazer meu lar
O lugar mais supimpa e lindo que vi
Residimos onde os demais vêm passear
Insular pedaço de nação brasileira
Ancorado neste mar de praias serenas
Nas areias o moço paquera a sereia
Ólhó, essas estupendas belas morenas!
Pois hoje faz anos a Floripa tão bela
O que nos obriga lhe fazer homenagem
Lindo panorama aqui da minha janela
Incrível é conviver com esta paisagem
Sem degustar cada menor gotinha dela.
Bela homenagem para uma linda cidade. Um grande abraço ao povo de Florianópolis.
ResponderExcluirOndina, então minha musa linda
ResponderExcluirTe namorei na jovem idade da pureza
E do teu rosto ficaram traços de certeza
Na recordação que ainda hoje predomina.
E tu, cidade capital em tempos idos
De igrejas mil, de ouro revestidas
Te visitei na doce idade das minhas vidas
E de couro artesanal são as imagens ainda tidas.
Ambas, amores que foram
Revisitar-vos é estar vivo
E que as belezas não morram.
Belo texto e poema
Abraço
Gostei desta bonita poesia
ResponderExcluirDedicada à terra por nós amada
Estando longe por ela sentia
O calor duma namorada.
Com o meu abraço
*Porque o nome Ondina, foi a primeira capital do Brasil, pós Achamento, não poderia, a Sul, ser repetido.
ResponderExcluirMinha gratidão pelo belo poema acima e honrosa visita. Gosto de ancorar dados à história, e essa informação que São Salvador chamou-se Ondina, surpreendeu-me. Eu conhecia apenas que a cidade passou a chamar-se São Salvador da Bahia de Todos os Santos, depois Arraial do Pereira, a seguir de Vila Velha e finalmente Salvador. Existe em Salvador um bairro com o nome de Ondina tal qual uma outra cidade brasileira, mas Ondina para a capital brasileira, não conhecia. Se o amigo em Portugal dispuser de outras informações acerca de, fico grato. Aqui não chamou-se Ondina porque os políticos da época quiseram homenagear Marechal Floriano Peixoto, vencedor da batalha republicana onde a maioria dos habitantes da Ilha era conservador pró Império e para aplacar a tirania do ímpio vencedor que mandou fuzilar figuras proeminentes daqui por terem ideias contrárias às suas (ai dos vencidos!...) puseram seu nome inoportuno numa oportunidade excelente, pois todos, há muito tempo, queriam trocar o nome da Desterro de então. Abraços. Laerte.
ExcluirAntes de mais, deixa que diga que fui pesquisar sobre a cidade, ficando agradavelmente surpreendida com o que li na Wikipédia (https://pt.wikipedia.org/wiki/Florian%C3%B3polis). Posto isto, o poema com que a homenageias, além de traduzir eloquentemente o teu amor, dá-nos a imagem harmoniosa e apelativa com que fiquei após a pesquisa. Por isso, parabéns ao poeta e à aniversariante.
ResponderExcluirBjo, Laerte :)
*Erro: Olinda, e não Ondina
ResponderExcluirOnde se lê uma deverá ler-se outra.
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirEste comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirAmigo Laerte:
ResponderExcluirVeja como as coisas são:
Andei com esta ideia 'vendida' pelos 'muleques'(cicerones) de Olinda, durante bastantes anos, de que esta bela cidade, perto do Recife, tinha sido a primeira capital da colónia brasileira.
Teria sido enganado ou estariam certos?
Abraço
Valeu amigo! Recife é capital de Pernambuco e Olinda, uma linda cidade próxima à capital considerada capital cultural brasileira, onde os jovens eram estimulados e treinados para ciceronear turistas. Um chavão muito usado por eles (esses garotos) e do qual não se sabe ao certo, se a assertiva, seria mesmo a de que um fidalgo português ao chegar ao pé da localidade e deslumbrado com a paisagem exuberante, proclamou: Oh linda situação para se fazer uma vila!" E a vila foi construída, e, por conseguinte "o linda" ou Olinda ficou de nome à vila. Minha gratidão. Grande abraço. Laerte.
ExcluirVenho agradecer e retribuir a visita ao meu Rochedo. Gosto muito da sua cidade, mas não sabia que aniversariava hoje. Muitos parabéns.
ResponderExcluirNossa terra natal é tudo pra nós e hoje, que ela é aniversariante, há um orgulho redobrado.
ResponderExcluirAmei os versinhos, que lhe dedicou, amigo Laerte!
Abraços e dias de paz e luz.
Assim que ai cheguei, a trabalho educacional, foi amor à primeira vista! Um paraíso! Beleza deslumbrante! Parabenizo aos seus moradores pela data, e a você pelo poema-homenagem! Realmente, é um presente divino habitar Floripa!
ResponderExcluirAbraço.
Uma bela cidade que carinhosa chamam Floripa que bem se molda ao Ondina tão sonhado nobre poeta. Sua homenagem está perfeita e linda como Ondina.
ResponderExcluirTambém sou contra trocar nomes de cidades e espaços em favor de algum politico.
Viva Floripa.
Um abraço amigo.
Muito obrigado pelo comentário =)
ResponderExcluirBeijinhos
O seu imenso amor por ela está muito bem representado neste seu belíssimo e sentido poema amigo Laerte.
ResponderExcluirCuriosamente a minha querida mãe chama-se Olinda e já tem a bonita idade de 87 anos :)
Um beijinho e bom fim de semana
O Toque do coração
Um poema belíssimo de homenagem à sua cidade!
ResponderExcluirA foto da baía está espectacular!
Quero agradecer-lhe o magnífico soneto que deixou como comentário no meu blogue.
Beijinhos e bom fim de semana.
Ailime
Lindo e apaixonado poema exaltando a sua cidade. O amor que lhe tem está patente em cada verso.
ResponderExcluirParabéns à cidade e ao poeta.
Um abraço e bom fim de semana
Meu caro poeta,
ResponderExcluirAntes, agradecer as palavras generosas que sempre deixas no meu espaço. Sempre gentil e um leitor voraz, sobretudo poeta.
A Ilha de Santa Catarina merece parabéns o ano inteiro, pois é um espaço vital, é respiração. E o seu poema é uma singela homenagem à intimidade e à fecundidade dessa terra maravilhosa!
Forte abraço,
Maravilhosa homenagem à sua cidade.
ResponderExcluirUm abraço
Maria
Caro Laerte,
ResponderExcluirFiquei muito contente com o poema que dedicou ao "Palavras Sem Jeito", no fundo a mim próprio. Muito, muito obrigado. O próximo post, do "Palavras Sem Jeito", vai ser precisamente o seu poema.
Mais um vez muito obrigado. Um grande Abraço.
Caro Laerte
ResponderExcluirAcho o nome de Ondina muito lindo, e penso que assentaria muito bem nessa cidade que, pela foto, adivinhamos belíssima.
Não é de estranhar que, principalmente no seu (dela) aniversário, lhe preste tão bela homenagem através desse lindo poema.
O amor que sentimos pela nossa terra é, geralmente, grande, e o amigo deixa-o transparecer nestes versos que connosco partilhou.
Parabéns!
Bom final de Domingo
Beijinhos
MARIAZITA / A CASA DA MARIQUINHAS
Bela poesia à cidade amada!
ResponderExcluirBoa semana, amigo.
Pois é, meu amigo Laerte, como poderia eu pensar que tu, poeta que és, deixar de escrever com tintas do coração um poema capaz de se aninhar nas suas quarenta de duas praias, tão grande é o teu poema, maior ainda a inspiração pela cidade que amas como o filho que se desdobra em amores à mãe. Pois é amigo poeta, no meu entender esse amor por Florianópolis é uma estrada de duas mãos, pois o que ela te deu estás agora devolvendo em elevados versos, e logo dará a ela, tua Ilha, a honra de te ter como mais um membro da Academia de Letras de Santa Catarina. Amor, poeta, com amor se paga. Qual perito, vejo que a balança está em pleno equilíbrio: mãe e filho numa união de amor.
ResponderExcluirParabéns pelo excelente poema, escrito para a tua Florianópolis, que aniversaria.
Um grande abraço. Pedro.
Conheço Ondina pela afeição que familiares e amigos lhe devotam. Tenho ideia de uma cidade plena de originalidade e inspiração. Dizem eles que ali o Brasil tem outro pulsar. Será o amor a falar?
ResponderExcluirPor mim, embora não tendo sido chamada à colação, voto em Ondina,
pois então!
Sensibilizada, deixo um abraço de parabéns.
Um poema lindo, para comemorar uma linda cidade!
ResponderExcluir:)
Também gosto mais do nome Ondina e gostei do poema.
ResponderExcluirGostava de um dia poder conhecer a sua cidade.
um beijinho
Gábi
Laerte, o que eu aprendi consigo...
ResponderExcluirParabéns à bela Ondina e ao poeta que tão bem soube homenageá-la.
Abraço.
Descubro tu blog y con tu permiso me quedo por aquí.
ResponderExcluirFeliz tarde.
Besos.
Singrando sobre ondas claras,
ResponderExcluirveleja a poesia
E a alma do poeta se espraia
ao sabor da maresia
Ao vento, enfunam-se as velas
ao encontro das musas mais belas
E em lírica cristalina
Canta o poeta a sua Ondina.
Obrigado pela visita tão gentil e formosa poesia a nós oferecida! Um grande abraço, temos prazer em conhecê-lo.
Bíndi e Ghost - A Esquina dos Versos