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segunda-feira, 1 de maio de 2017

Pesca de Tainha na Ilha de Santa Catarina






 Imagens - Fonte Internet
 
Abertura festa tainha na praia do Campeche = Fpolis, SC

A pesca da tainha, atendendo à lei federal brasileira, tem início em 1° de maio. Na Ilha de Santa Catarina, sendo um dos eventos mais importantes à comunidade pesqueira, comparando-se com a festa da colheita no Continente Europeu.
    Sabe-se que a tainha é um peixe sazonal de dois quilos, em média, e vive em água doce aonde volta do oceano para a desova e criação. Aos primeiros frios do ano, quando gelam rios e lagoas, grandes cardumes migram para o mar e ao receber a água salgada purificam as vísceras e a carne a dar condição de sabor excelente, característico desse peixe.
    A partir de julho, os peixes retornam às suas origens de nascimento já com os grãos das ovas fecundados, depositados sob as escamas – depois de terminado o período pesqueiro. A tainha sai pelas barras dos rios ao estuário, em milhares, lotando o litoral da costa sul brasileira, sendo em maior quantidade em Santa Catarina e no Rio Grande do Sul, devido à existência da Lagoa dos Patos de dimensão enorme, seu principal habitat – alguns peixes vêm também do Uruguai e do estuário do Rio da Prata.
    Além de saborosíssima a tainha, sua ova é uma iguaria divina, tendo comparação ao caviar. Depois de defumada, salgada e seca é a botarga brasileira.
    Na nossa ilha, no século XIX, a partir da colonização açoriana no litoral, o português teve de inventar sua maneira de pescar em maior quantidade essa espécie de cardume, por ser um peixe costeiro de ocorrência também no Mediterrâneo, mas não nas ilhas oceânicas. A partir da pesca feita pelos indígenas em canoas de um só pau, que cercavam o cardume em águas rasas com redes de fios de tucum (confeccionadas de fibras retiradas das folhas de uma determinada palmeira de nome tucum). Uma vez o cardume cercado pela rede, as tainhas eram abatidas à flecha e recolhidas uma a uma ou mesmo pegas à unha (à mão).
    Conceberam os açorianos, as redes de arrasto, resistentes o suficiente para serem lançadas das canoas indígenas e puxadas da praia a encalhar na areia. E, por força humana, conseguiam capturar grandes quantidades do produto que chegavam, pelo excesso, à distribuição gratuita aos mais pobres, cuja maioria era indígena, descendente daqueles que os ensinaram a pescar – a retribuição grata e natural do intruso aos nativos.
    O relato mais antigo que se tem sobre a pesca da tainha vem do aventureiro alemão Hans Staden (1525-1579), que descreveu a atividade pelos índios carijós no litoral paulista. Aqui, parte deste trabalho é baseada em obras de Vigílio Várzea, mas pesquisando História, achei outros dados interessantes. Com tal apanhado, resolvi compor um poema narrativo sobre essa pesca pelos açorianos na nossa ilha no século XIX. Poema esse constante do livro “Ilha de Idílios”. É uma narrativa comprida e meio chata, tipo espada sem corte ou fio, que não chega a matar e é cultural. Por isso aqui está aos interessados pelo tema
.
 

Pesca de Tainha na Ilha de Santa Catarina 
Autor: Laerte Tavares

 

Em Florianópolis, antes...

Como era de primeiro,

Começava por janeiro

A muitos dos habitantes

De profissão ou amantes

Da pescaria de tainha,

Porque o trabalho tinha

Que começar no verão,

Tendo a rede de arrastão

Pronta quando o inverno vinha.

 

Idílio de sol e mar,

A linda Ilha do Desterro.

Com nome eivado num erro 

Que lembrava o desterrar 

Um criminoso, em lugar

Tão fascinante, tão belo

E singular sem paralelo.

Na ilha, o seu habitante

Tinha um apelido bastante

Original – Amarelo.

 

Foce da roça ou do mar,

O povo era de serviço

De pescaria e disso

Tinha prazer, trabalhar

Em um e noutro lugar,

Fazendo parte da vida

De todos apetecida.

Não seria um mar de rosas,

Mas lhes eram prazeirosas

Tanto uma ou a outra lida.

 

Antes do inverno, a função

Seria o feitio das redes.

Dentro das quatro paredes,

De cada habitação.

A mulher “dava uma mão”

No serviço e ela o faz

Quando a noite traz a paz,

Sob a luz do candeeiro

Fumegante a exalar cheiro

De banha de peixe e gás.

 

Pomboca, era uma lamparina

Alimentada à gordura

De peixe, líquida e pura.

Sendo vasilha munida

De banha, com uma torcida

Posta em seu interior

Por pavio acendedor

De extremidade exposta

Ao exterior e disposta

À queima e dar seu fulgor.

 

A esposa era a fiandeira

A cochar o fio no fuso,

Ao clarão meio difuso

Da pequenina fogueira

Acesa ao fogão, à beira

Da esteira posta ao chão.

E assim, seguia o serão

Até quase madrugada.

Já no outro dia, a enxada

Ou remo por ganha-pão.

 

Cada família, um tanto

De rede deixava feito

Para servir de proveito

A todos. E esse manto

Virava parte de um tanto

A perfazer rede inteira,

Entralhada e à maneira

Da lida para o arrastão.

Posta na embarcação,

Já pronta, à faina pesqueira.

 

No inverno, a água do mar

Conserva maior calor

Que a terra. Esse fator

Faz mais rarefeito o ar

Na superfície a esquentar.

A terra, um tanto mais fria,

Com ar mais denso, o envia

À direção do oceano

Que ao receber, soberano,

Manda à terra, em ventania.

 

Estando as lagoas frias,

A tainha sente o frio

E vai ao mar pelo rio.

Com o rapa em ventanias

E as correntes dos rios frias

Todo o peixe vai ao mar,

De frio ameno, e ao chegar,

Afasta-se bem da costa

Por quente e, se frio, encosta

No raso, em qualquer lugar. 

 

O vento de terra, oeste

Por onde passa regela,

Tido por rapa-canela.

A perna que não se veste

É cobaia para o teste

De que lado está ventando.

Se ventar do sul, é quando

A tainha vem à costa 

 E com mais frio, se encosta

O peixe com aves em bando.


Fica a ilha inteira cheia

Por toda a orla marinha

Com cardumes de tainha

Quase a encalhar na areia,

Desde Armação – da baleia,

Volta à ilha, aos Naufragados.

Vê-se por todos os lados

As canoas lanceando.

A faina só para quando

Chega agosto – por meados...

 

Lindo é o lanço de tainha.

Pelo aceno do vigia,

Vendo a água meio sombria,

Quer em círculo ou em linha,

Sente que ela se avizinha 

Da praia chegando à beira

A estender-se à orla inteira

Próxima à arrebentação.

E eis a vez do patrão

Agir à sua maneira.

 

Grita, com voz abafada

Pelo silêncio exigido,

Para aguçar o ouvido

De toda a rapaziada

Que estava sem fazer nada,

Até então. E, agora,

Eis que é chegada a hora

Da companha e seus trabalhos;

E entre elogios e ralhos

Forma o grupo, sem demora.

 

Ao mar, a canoa aproa

Sobre dois rolos aos vaus

Feitos em esteira de paus

Sobre a areia. Então, destoa

De movediça e a canoa

Nos rolos, sem se enterrar,

É arrastada ao mar

Até ela flutuar.

Às pressas, vão revezando

Vaus e rolos. Tiram quando

A embarcação boiar.

 

Nessa hora, o patrão dá

Ordens para cada um;

E que tripulante algum

Desobedeça-lhe ou vá

Errar algo, pois será

Expulso de antemão,

Sem aviso e sem perdão

A não ter nada arruinado

E o sujeito sai a nado,

Jogado da embarcação.

 

O patrão grita: proeiro!

E ele toma o lugar.

Depois retorna a gritar

E embarca o contraproeiro.

Sota!... Voga!... Ré!... Remeiro...

Último a ir é o patrão:

Pula com o remo na mão

Com uma destreza perfeita,

Enquanto tudo se ajeita

Para armar o arrastão.

 

Cercam o cardume à frente,

No sentido da espia

Para onde o peixe ia

E é travado, de repente,

Quando, imediatamente,

Lançam a rede ao mar

Depois de o voga atirar

À praia a boia e o calão,

Que aos cuidados ficarão

De alguém fixo em um lugar.

 

Jogam chumbo e cortiça

E seguem remando apressados

E os peixes saltam, cercados,

Os objetos da cobiça.

E o patrão, a rede, iça

Para não pularem fora.

Logo, com pouca demora,

Retorna todo o cardume,

Mas o espaço se resume

E parte do magote aflora.

 

Com a tainha cercada,

Então é só tentear,

Tracionando-a devagar.

Toda turma aficionada

A não pensar em mais nada,

Além do próprio quinhão

Do ajudante ao patrão

Daquela faina pesqueira.

E começa a brincadeira

Na maior animação.

 

E o cerco fecha-se assim,

Feito um rosário de contas

O lanço, tendo suas pontas

No combro sobre o capim.

E o pessoal puxa, em fim,

Os dois cabos, de vagar

Até a rede chegar

À praia; e a arrastam à areia

Que por ter toda ela cheia

Param à beira do mar.

 

Pouco a pouco a rede vem

Se aproximando da praia

Para que o peixe não saia,

Cuidam e muito bem

Enquanto a tainha tem,

Que nadar contra o tecido

Da rede, já comprimido,

Onde o peixe é confinado,

Não correndo mais a nado,

Que arrastado é vencido.

 

E quando a manta encalha,

A tainha pula ao alto

Em desesperado salto,

A transpor-se sobre a tralha.

Para sanar essa falha

Toda a cortiça é erguida,

Fazendo parte da lida

Já programada também,

Pois a dita faina tem

Toda função definida.

 

Com o lanço bem mais perto

Todo o negrume, distante

Da manta, é um estonteante

Fulgor de prata coberto

Por ondas do mar aberto,

Também argento na cor

De um idêntico fulgor

Entremeado com o escuro

Que de longe era mais puro,

E ali, quase que incolor.

 

O arrastão forma uma saia

Ou um saco intumescido

Em um estranho tecido

De areia escura da praia

Junto a rede, antes cambraia

Quarada, e muito limpinha.

Mas com a parede de tainha

Espremida à face inteira

Escurece à maneira

Que o cardume se apinha.

 

E vão canoas por fora

Para levantar a tralha.

Há peixe entalado à malha,

Outro acuado, aflora

E ao tentar ir embora,

Saltando cai na canoa

Que se enche desde a proa

Até a popa altaneira.

E a atividade pesqueira

Continua numa boa.

 

Em terra, quase encalhado,

O magote está seguro,

Mas sempre aparece um furo

No pano da rede, achado

Pelo fujão que, a nado,

Escapa com a onda vazante.

Porém, encontra distante

Mãos de garotos espertos

Que ao ver os furos abertos

Esperam logo adiante.

 

Está na regra da lida,

Pegar o peixe fujão.

Ninguém fica sem quinhão,

Ninguém fica sem comida,

Pois gente desconhecida

Que ali passar, vai levar

Para o sustento do lar,

Tainha, graciosamente,

Dada por um componente

Ao ver alguém sem ganhar.

 

E essa grande fartura

Tem a distribuição

Para qualquer cidadão

Que se alimentar procura,

Pois sua parte assegura

Levando cheio o bornal.

E a noite, todo animal

Como cães, bichos do mato

Terão também o seu trato

Pela fartura, afinal.

 

Quando a rede chega em terra

Logo levantam a tralha

Da cortiça. O patrão ralha,

Gesticula, aponta e berra.

Ali, a força se encerra

Para o pano não rasgar.

Puxam-no bem de vagar

Tenteando ao mar vazante

Que pode levar avante

Todo peixe, por azar...

 

Tainhas seguem aos balaios,

Depositadas num monte

Lá em cima, bem defronte

Da rede, feita em lambaios,

Ante menções e ensaios

De retorná-la ao mar

Com o propósito de lavar,

Depois de tirar o peixe,

De forma que não se deixe

As ondas a enterrar.

 

Com trabalho duro e lento

Igual cortiço de abelha,

Esvazia-se, parelha,

A rede, com o movimento

Preciso. Nesse momento,

Erguem toda a cortiça

E a montanha roliça

Reduz-se, na areia, a nada.

Mais uma vez enrolada,

Novamente ela se ouriça.

 

Chega a hora do balanço

Para o montante estimado

De um e do outro lado:

– Deu vinte mili, esse lanço!

– Deu muito mai, olha o avanço

Daquele tão grandalhão!

– Eu acho quele é, então,

Do tamanho deste monte.

Por mais tainha que eu conte

Não acaba a contação!

 

Sai da rede e o monte aumenta

Formando uma montanha

Em lugar que o mar não banha.

E quanto mais se acrescenta.

 E na rede, a cor argenta

Escurece em forma lenta

E fica esfumaçada.

Depois, já com a cor de nada,

Como se de areia pura

Colore-se toda a mistura

De tainha amontoada.

 

Quando fica esclarecida

A contagem aproximada,

Começa a rapaziada

Alvoroçar-se em torcida

À pesca ser dividida,

Mas não será ainda, não.

Tem lá fora a embarcação...

Pôr a rede no varal...

Só bem no fim, afinal,

Que é feita a repartição.

 

Em seguida, sem demora,

O montão é feito em dois:

Dos donos das redes, pois,

E o do pessoal de fora

Que é dividido, agora,

Por mais uma vez,

Que é dividida em três:

Para os que “deram uma mão”;

A parte da tripulação

E a de quem em terra se fez.

 

Os quatro tantos terão

Outras divisões, de novo,

Em que também ganha o povo.

O dos tripulantes são

Divididos. Cada quinhão

É dado por função tal.

A uns, o quinhão é igual;

Para outros, diferentes,

Mas todos saem contentes

E isso é o fundamental.

 

A maioria vai embora

Depois de vender ou dar

Várias tainhas. No lar,

Cada qual se farta, agora,

Com peixe frito na hora

Ou com a ova de tainha,

Uma iguaria fresquinha

E muito deliciosa:

Degustam-na, por oleosa,

Acompanhada à farinha.

 

A parte mais trabalhosa

Era a dos donos da rede,

Não tendo matado a sede

Com a cachacinha (a tinhosa)

Com dois dedinhos de prosa,

Coisa que faziam à tarde,

Do lado ao tição que arde,

Tendo que o fogo apagar

Antes de o galo cantar

No dia, o último alarde.

 

Carros de boi carregados

Levavam cada quinhão

Ao seu dono ou patrão.

Quase por todos os lados

Com a abundância de pescados

Recendia-se o seu cheiro.

E circulava dinheiro

Para toda aquela gente,

Além do escambo corrente:

Peixe seco – o inverno inteiro.

 

Resto do arrasto, na praia,

Alimenta o graxaim

E o gambá. Coisas assim

Como o cação e a arraia

Que a maré levava à raia

Do cômoro, ou mesmo à beira

Do mato, toda a sujeira

Daquele arrastão do dia.

Sobrava só ninharia

Para a bicharada inteira.

 

À noite havia um serão

Ao serviço de escalar

O pescado. E, em cada lar,

Faziam um mutirão.

Em enorme caldeirão

Preparavam a caldeirada

E com a lida terminada,

Cansados, iam dormir

A sonhar com o porvir,

Já no fim da madrugada.

 

O peixe escalado era

Estendido nos varais,

Aos pares proporcionais

Em peso e tamanho – vera

Estética, por mera

Beleza mais singular

Do produto após secar.

Amarrados, dois em dois,

Punham-nos ao sol, depois

Guardavam par sobre par.

 

Toda graxa ou banha era

Separada e derretida

Para a pomboca, na lida

Da vindoura primavera.

Tendo o fuso já à espera

De futura obra caseira

Da mulher sobre a esteira

A fiar embiras novas,

Por outros tipos de provas

Cochadas de outra maneira.

 

O produto empilhado

Ia à venda e ao consumo,

Em porções, a cada rumo,

Dependendo do mercado.

Vendido no atacado

A vários comerciantes

Locais. E para os distantes

Mercados, o peixe ia,

Qual rara mercadoria,

Por pombeiros – ambulantes.

 

Posta ao fogo e derretida,

A graxa torna-se o óleo

Com efeito de petróleo

Para iluminar a lida

De ter a rede tecida

Sob a luz do candeeiro

A desprender o tal cheiro

De banha de peixe e gás,

Quando a noite traz a paz,

Como era de primeiro.


44 comentários:

  1. UAU! Parabéns pela linda poesia inspirada nessa pesca que hoje inicia em SC. Jogaste bastante linha,rs... Tomara pesques muitas!rs São ótimas! abraços, chica, linda semana!

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  2. Sua poesia tem gosto e cheiro de tainha, das vivências do mar.

    Abraço!

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  3. Laerte: foi um prazer conhecer tudo o que envolve (e envolveu) a pesca da tainha, que desconhecia, assim como o foi ter lido o teu excelente poema narrativo sobre esta saga. A história local bem precisa de testemunhos deste quilate!
    (Ademais, acho muito interessante o contributo dos açorianos, eles próprios também ilhéus)
    Bjinho :)

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  4. A poesia mostra a grandiosidade da tarefa!!! Bj

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  5. Maravilhosa homenagem narrativa e poética à pesca e tratamento da tainha.
    Um grande abraço
    Maria

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  6. Eita que inspiração e folego.
    Vivi os primeiros vinte anos junto do rio, onde os homens pescavam pelo método do "cerco". Às vezes, convidavam o meu pai para participar. O meu pai era lenhador. Nós éramos muito pobres, a comida escasseava, e era sempre uma alegria quando convidavam o meu pai. Ele trazia sempre peixe, que escalava e punha a secar. Não sei se eram tainhas, mas como vê conheço a arte.
    Um abraço

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  7. Excelente homenagem, meu amigo Laerte, à Festa da Pesca da Tainha e aos pescadores, como esse teu poema-lição "Pesca de Tainha na Ilha de Santa Catarina", poema que diz bem do teu conhecimento do ofício da pesca, que para mim tem os seus mistérios, os seu perigos e a sua arte. A pescaria é o nobre ofício exercido por homens valentes, que não se atemorizam com os enfrentamentos que têm com o mar, mesmo a quilômetros do litoral, na sua luta contra ondas gigantes e traiçoeiras. Apendi muito contigo, Laerte, no teu texto que vem antes do poema. Parabéns também pelo teu excelente poema, "Pesca de Tainha na Ilha de Santa Catarina".
    Um grande abraço.
    Pedro

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  8. Maravilha essa homenagem à pesca da tainha e aos pescadores. Tanto o texto informativo como a bela poesia muitos ensinamentos e conhecimentos nos deixou. Abraços!

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  9. Uma homenagem primorosa à pesca da tainha com poema de tirar o fôlego
    E as informações nos deixa um legado de vultuoso conhecimento
    Obrigada pela visita e pelo poema excepcional sobre o meu acolchoado de nuvens
    Um abraço
    Gegê

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  10. Para escrever um poema desses.... é preciso ter amor ´pela coisa´....Já ouvi falar muito da Taínha por essa zona, mas
    depois deste post. nada mais tenho a aprender. Adorei.
    Abraço

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  11. Aunque el traductor no ha funcionado bien, he podido descubrir una bonita historia y un gran homenaje a esos pescadores.

    Gracias por visitarme, un abrazo.

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  12. Por costumbre doy la bienvenida, en el blog, a los que vais llegando, hoy te la he dado a ti. Abrazo
    P.D. Como me gustaría saber bien tu idioma

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  13. Um post interessantíssimo.
    Primeiro, pela descrição da tainha (eu não sabia que vinha dos rios para o mar...).
    Depois, pelo seu excelente poema, que imortaliza o dito peixe (adivinho que nunca nenhum poeta se atreveu a abordar a tainha do princípio ao fim, ou seja, da sua pesca até ao seu uso, que inclui o óleo/graxa iluminante).
    E o seu poema não é grande. Comparado com os Lusíadas é um por cento de um canto...
    Bom fim de semana, caro Laerte.
    Abraço.

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  14. Oi amigo,
    Nem fala em peixe, pois meu marido foi buscar o exame para ver do que estou com essa alergia, se for de peixe me mato, adoro peixe.
    Tainha, se comi fora quando criança, não me lembro.
    Adorei o poema, adoro aprender.
    Um lindo dia
    Beijos
    Lua Singular

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  15. Oi, Laerte!
    Eu frequentei por muitos anos seguidos, a Ilha da Magia, mais precisamente a Barra da Lagoa. Lá, fiz muitos amigos, todos pescadores, muitos pescadores de tainhas. Eles me contavam como pescavam na praia da barra. Do vigia que ficava no alto do morro, esperando avistar o cardume. Como eu só ia a Floripa no Verão, o que aprendi com os nativos "açorianos", foi tarrafear na lagoa e no rio! Até que aprendemos, eu, minha esposa e três filhos, a "matar"alguns camarões! Abraços!

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  16. Que poster interessante gosto muito de peixe. Uma pescaria
    nunca vi. Bom conhecer aqui. Poeta muito criativo. Parabéns

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  17. Temos um peixeiro, morador de uma comunidade, a quem encomendamos esse peixe, a saborosa Tainha, como ela é sazonal, só encomendo na época certa,como ele sabe do meu gosto, já nem preciso pedir, ele entrega uma vez por semana, até o fim da estação.Todos aqui em casa gostamos demais, costumo fazer um prato, chamado 'Tainha na telha', telha é uma forma de barro, própria para assar peixes, costumo fazer uma farofa de camarão com os temperos que nos agradam, recheá-la, forrar a forma com azeite de oliva (virgem), tampá-la com papel de alumínio, e a principal etapa COMER. Só não sabia da viagem dela dos rios para o mar. Achava que somente o Salmão era assim, vivendo e aprendendo.
    Gostei demais de tudo que li, aprendi, e me deliciei com o poema.
    Abração, Léah

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  18. Adorei ler Laerte,pois voltei ao tempo de jovem em que íamos passar férias em uma praia do litoral paulista e havia sempre a pesca da tainha.
    Bjs,obrigada pela visita e um ótimo final de semana.
    Carmen Lúcia.

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  19. Abençoada inspiração que teve ao escrever esta linda narrativa poética!
    Bom fim de semana

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  20. Oi Laerte
    Estavas divinamente inspirado quando se dispôs a compor este primoroso poema em homenagem à pesca da tainha
    Um abraço e bom fim de semana

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  21. Oi, Laerte, gostei de saber da Tainha, lembro muito de meu pai que adorava pescar, era apaixonado,mas sempre por esporte. E ouvia falar da tainha e do bagre. Mas você que é especialista em peixe, o que acha do bagre? Já passei maus momentos com bagres e 'mãe d'água' (água viva). Uma dor horrorosa, parece que perde-se os braços.
    Sempre soube que o pescador profissional é um homem corajoso, decidido. Diferente dos amadores que brincam de pescar. Tua postagem não deixa de ser uma bela homenagem!
    Abraços daqui do sul, donde temos uma mar não muito amigo, pra lá de revoltado!rss

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  22. Bonita homenagem aos pescadores da pesca da tainha.
    Um beijo.

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  23. Muito obrigado pelas lindas palavras =)

    Beijinhos

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  24. Um peixe com demasiadas espinhas para o meu gosto.
    Aquele abraço, boa semana

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  25. Una bella narración poética como homenaje a este pescado y a los pescadores.
    Un abrazo y feliz semana.

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  26. Muito interessante este trabalho meu amigo só é pena eu não gostar de tainhas aqui em Setúbal no rio Sado há muitas mas como andam por baixo dos barcos algumas sabem a gasóleo.
    Um abraço e boa semana.

    Andarilhar
    Dedais de Francisco e Idalisa
    Livros-Autografados

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  27. Su poema es toda una crónica de una costumbre que desconocía.
    Felicidades.

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  28. Cada país tiene sus tradiciones y trata de no perderlas pese al paso de los años.
    Es bonito el entusiasmo que se pone en la pesca de la lisa, cuando se abre la veda, entiendo que es similar cuando en España se abre la veda de la caza o se festeja la cosecha que tú mencionas en esta entrada. Desconocía que tuviera un sabor tan exquisito.
    Un bello poema que resume en verso todo el encanto y profesionalidad de esos pescadores que aman su oficio.
    Cariños y buen comienzo de semana.
    Kasioles

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  29. Estava muito inspirado para o poema. Gostei de ler!

    Um beijinho no coração, fica com Deus!
    Diamonds In The Sky, Daniela Silva

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  30. Foi uma leitura interessante...
    Como dizem os açorianos, que pachorra o amigo tem em escrever uma história narrada em verso rimado! Aplaudo de pé!
    Dava-me muito jeito uma tainha fresquíssima, da rede direta para o meu jantar... Só de pensar...
    Uma admirável ligação às suas raízes ancestrais.
    Dias felizes, Amigo.
    Abraço
    ~~~

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  31. Voltei pra agradecer a linda poesia deixada lá nos céus...abraços, ótima semana,chica

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  32. Olá Silo
    A época da tainha é a mais gostosa, adoro, é meu peixe favorito.
    Abraço.

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  33. Com certeza a 'cachacinha 'e os 'dedos de prosa' são essenciais na vida dos pescadores.Não em alto mar,claro.
    Gostei do poema que narra com fidelidade a pesca da tainha.
    Amo peixes,mas nao sei distingui-los (sempre pergunto o nome deles)rs
    Parabéns e meu abraço

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  34. Olá Laerte, obrigada pela visita no meu cantinho.
    Adorei este post sobre a taínha. Peixe este, que aqui, por este lado do mar, se encontra mais em rios - ou nos estuários - e águas pouco profundas. Aprendi com o poema: interessante, rica e poética a forma de descrever a pesca. Perceber as diferenças de costumes e artes, é um enriquecimento fabuloso. Obrigada.
    Uma boa semana.
    Beijo de luar

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  35. muito interessante a narrativa e o poema muito bem rimado, e original, que deve ter levado muito tempo a escrever(penso eu).
    beijinhos
    :)

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  36. Gostei desta combinação de narrativa assim como do lindo e longo poema!
    Quanta diferença entre o apreço e fartura da taínha no Brasil e aqui. Saio mais rica!
    Beijinho

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  37. Laerte, vim ao teu espaço não apenas para agradecer a amabilidade do belo soneto que me dedicaste, como também para conhecer o teu blog.
    Se já me sentia privilegiada por receber versos de alguém que me visitava pela primeira vez, imagina agora ao ver que os mereci de um poeta/contista/prosador já renomado. Grata por me fazer tão “especial” com a tua deferência.
    Quando da primeira vez num espaço gosto de dar uma passeada por algumas postagens para conhecer o estilo da pessoa. E assim eu fiz por aqui, quando pude apreciar a forma como transitas pela vida, esse jeito agradável de estar no mundo blogueiro e de conquistar admiração e respeito dos amigos que te visitam, através das postagens que preenchem o teu olhar e faz surgir os sentimentos e emoções que tu tão habilmente transformas em poesia.
    Pude perceber que prezas as tradições, a história, o prazer que tens em homenagear os amigos, a sensibilidade em falar sobre os acontecimentos que causam/causaram impacto, a exemplo da tragédia que vitimou o time Chapecoense, a delicadeza dos versos dedicados às mulheres no seu dia (que são tantos, que são todos, que são eternos...), e notadamente a sensibilidade nos versos com que terminas alguma biografia.
    Enterneceu-me a humildade desta autodefinição num dos teus comentários: “Eu sou um versejador. Um engenheiro construtor de versos. Só sei fazer cálculos de sílabas para dar ritmo e contar versos para darem estrofes”.
    Também a destacar a homenagem prestada aos profissionais (no seu dia), prenhe de admiração que transformas em belos versos.
    Encantou-me também uma postagem onde falas de férias: “Amigos, vou tomar férias... E tiro férias como penso deveria eu ter chegado ao mundo: vir para o mundo a passeio, não a trabalho, diria”.
    Que privilégio poder descansar num lugar aprazível, junto dos “amores da tua vida”, numa casa localizada distante da praia apenas 30 metros... Amo o mar, e sempre que posso estou a apreciar aquela imensidão que nos torna tão pequenos diante da sua majestosidade.
    Para além destas “pinceladas” existe ainda muito para ler, o que farei ao longo do tempo em que vier te visitar, pois a tua casa é destas que a gente chega e se sente bem acolhido, tendo uma variedade de assuntos para “prosear”.
    Finalizando, gostei desta última postagem sobre a tainha, que eu só conhecia mesmo o sabor (risos), principalmente quando a degusto recheada/assada no restaurante (talvez a denominação de buteco fique melhor, rs) de um grande amigo, cuja atração é este peixe.
    Já tomei a liberdade de copiar a tua postagem (o poema também), claro que com os devidos créditos, e vou levar para o meu amigo para que amplie os conhecimentos que ele já tiver adquirido sobre o assunto.
    Quanto a dizer que se trata de “uma narrativa comprida e chata”, não comungo a tua opinião. Apesar de ser longa, a leitura dos versos nos traz uma cadência deliciosa, gostosa de ler, o tipo de versos rimados que muito me atrai. E tal construção, tu bem sabes, não é qualquer poeta que consegue, pois há que se deter conhecimento/capacidade/determinação e, principalmente, uma veia literária extremamente antenada com a Poesia.
    Assim como tu, grande poeta!
    Gostei muito de estar aqui, de ter recebido a tua visita, e de ter a certeza de um dia poder te chamar de amigo...
    E aqui ouso parafrasear a famosa frase final do majestoso filme, o clássico: Casablanca: “Laerte, acho que este é o começo de uma bela amizade”.
    Que tu possas encontrar nas horas dos teus dias centenas de motivos para continuar a sorrir para a vida, e que as estrelas que pousarem no teu olhar possam nos trazer os versos mais bonitos da tua Poesia.
    Com muito apreço e consideração,
    Helena

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  38. Gracias por esta extensa e interesante información.
    Poco entiendo de pesca, pero hoy en tu espacio he aprendido de la Lisa, (Salmonete) A Tainha y su sabor, la verdad es que no conozco mucho del mundo marino.
    Muy bello poema le dedicas a la Lisa.
    Un abrazo.
    Ambar

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  39. Por lo que he leído te gusta pescar, sobre todo salmonete, qué rico, si te sobra alguno me lo mandas.
    Gracias por la bella poesía que me has mandado. refiriénote a la mía, se ve que tu musa está bien despierta.
    Un abrazo, feliz fin de semana.

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  40. Descrição magnífica. Um Tratado de saberes e Honra a quantos labutam esta faina, tudo muito bem "acolchoado" num Poema de grande valor.
    Muitos Parabéns, Laerte.
    Adorei.


    Abraço
    SOL

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  41. Sempre muito gratificante visitá-lo.
    Um abraço de bom fim de semana pra ti.

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  42. Huuummm...esse peixinho frito "da hora " fez-me crescer água na boca, e acompanhá-lo-ia com a "tinhosa" se eu fosse dada a isso.

    A introdução que nos insere na época e na faina e, depois, tudo isso vertido num poema, faz-me ter vontade de lá estar e tomar parte nessa actividade. Mas, só vejo homens ali! :) Também por cá a pesca é trabalho de homens. Vêem-se as mulheres na lota, na altura da divisão do peixe.

    Muito obrigada por essa transmissão de saberes.

    Abraço

    Olinda

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