Sabe-se que a tainha é um peixe sazonal de dois quilos, em média, e vive em água doce aonde volta do oceano para a desova e criação. Aos primeiros frios do ano, quando gelam rios e lagoas, grandes cardumes migram para o mar e ao receber a água salgada purificam as vísceras e a carne a dar condição de sabor excelente, característico desse peixe.
A partir de julho, os peixes retornam às suas origens de nascimento já com os grãos das ovas fecundados, depositados sob as escamas – depois de terminado o período pesqueiro. A tainha sai pelas barras dos rios ao estuário, em milhares, lotando o litoral da costa sul brasileira, sendo em maior quantidade em Santa Catarina e no Rio Grande do Sul, devido à existência da Lagoa dos Patos de dimensão enorme, seu principal habitat – alguns peixes vêm também do Uruguai e do estuário do Rio da Prata.
Além de saborosíssima a tainha, sua ova é uma iguaria divina, tendo comparação ao caviar. Depois de defumada, salgada e seca é a botarga brasileira.
Na nossa ilha, no século XIX, a partir da colonização açoriana no litoral, o português teve de inventar sua maneira de pescar em maior quantidade essa espécie de cardume, por ser um peixe costeiro de ocorrência também no Mediterrâneo, mas não nas ilhas oceânicas. A partir da pesca feita pelos indígenas em canoas de um só pau, que cercavam o cardume em águas rasas com redes de fios de tucum (confeccionadas de fibras retiradas das folhas de uma determinada palmeira de nome tucum). Uma vez o cardume cercado pela rede, as tainhas eram abatidas à flecha e recolhidas uma a uma ou mesmo pegas à unha (à mão).
Conceberam os açorianos, as redes de arrasto, resistentes o suficiente para serem lançadas das canoas indígenas e puxadas da praia a encalhar na areia. E, por força humana, conseguiam capturar grandes quantidades do produto que chegavam, pelo excesso, à distribuição gratuita aos mais pobres, cuja maioria era indígena, descendente daqueles que os ensinaram a pescar – a retribuição grata e natural do intruso aos nativos.
O relato mais antigo que se tem sobre a pesca da tainha vem do aventureiro alemão Hans Staden (1525-1579), que descreveu a atividade pelos índios carijós no litoral paulista. Aqui, parte deste trabalho é baseada em obras de Vigílio Várzea, mas pesquisando História, achei outros dados interessantes. Com tal apanhado, resolvi compor um poema narrativo sobre essa pesca pelos açorianos na nossa ilha no século XIX. Poema esse constante do livro “Ilha de Idílios”. É uma narrativa comprida e meio chata, tipo espada sem corte ou fio, que não chega a matar e é cultural. Por isso aqui está aos interessados pelo tema.
Pesca de Tainha na Ilha de Santa Catarina
Autor: Laerte Tavares
Em Florianópolis, antes...
Como era de primeiro,
Começava por janeiro
A muitos dos habitantes
De profissão ou amantes
Da pescaria de tainha,
Porque o trabalho tinha
Que começar no verão,
Tendo a rede de arrastão
Pronta quando o inverno vinha.
Idílio de sol e mar,
A linda Ilha do Desterro.
Com nome eivado num erro
Que lembrava o desterrar
Um criminoso, em lugar
Tão fascinante, tão belo
E singular sem paralelo.
Na ilha, o seu habitante
Tinha um apelido bastante
Original – Amarelo.
Foce da roça ou do mar,
O povo era de serviço
De pescaria e disso
Tinha prazer, trabalhar
Em um e noutro lugar,
Fazendo parte da vida
De todos apetecida.
Não seria um mar de rosas,
Mas lhes eram prazeirosas
Tanto uma ou a outra lida.
Antes do inverno, a função
Seria o feitio das redes.
Dentro das quatro paredes,
De cada habitação.
A mulher “dava uma mão”
No serviço e ela o faz
Quando a noite traz a paz,
Sob a luz do candeeiro
Fumegante a exalar cheiro
De banha de peixe e gás.
Pomboca, era uma lamparina
Alimentada à gordura
De peixe, líquida e pura.
Sendo vasilha munida
De banha, com uma torcida
Posta em seu interior
Por pavio acendedor
De extremidade exposta
Ao exterior e disposta
À queima e dar seu fulgor.
A esposa era a fiandeira
A cochar o fio no fuso,
Ao clarão meio difuso
Da pequenina fogueira
Acesa ao fogão, à beira
Da esteira posta ao chão.
E assim, seguia o serão
Até quase madrugada.
Já no outro dia, a enxada
Ou remo por ganha-pão.
Cada família, um tanto
De rede deixava feito
Para servir de proveito
A todos. E esse manto
Virava parte de um tanto
A perfazer rede inteira,
Entralhada e à maneira
Da lida para o arrastão.
Posta na embarcação,
Já pronta, à faina pesqueira.
No inverno, a água do mar
Conserva maior calor
Que a terra. Esse fator
Faz mais rarefeito o ar
Na superfície a esquentar.
A terra, um tanto mais fria,
Com ar mais denso, o envia
À direção do oceano
Que ao receber, soberano,
Manda à terra, em ventania.
Estando as lagoas frias,
A tainha sente o frio
E vai ao mar pelo rio.
Com o rapa em ventanias
E as correntes dos rios frias
Todo o peixe vai ao mar,
De frio ameno, e ao chegar,
Afasta-se bem da costa
Por quente e, se frio, encosta
No raso, em qualquer lugar.
O vento de terra, oeste
Por onde passa regela,
Tido por rapa-canela.
A perna que não se veste
É cobaia para o teste
De que lado está ventando.
Se ventar do sul, é quando
A tainha vem à costa
E com mais frio, se encosta
O peixe com aves em bando.
Fica a ilha inteira cheia
Por toda a orla marinha
Com cardumes de tainha
Quase a encalhar na areia,
Desde Armação – da baleia,
Volta à ilha, aos Naufragados.
Vê-se por todos os lados
As canoas lanceando.
A faina só para quando
Chega agosto – por meados...
Lindo é o lanço de tainha.
Pelo aceno do vigia,
Vendo a água meio sombria,
Quer em círculo ou em linha,
Sente que ela se avizinha
Da praia chegando à beira
A estender-se à orla inteira
Próxima à arrebentação.
E eis a vez do patrão
Agir à sua maneira.
Grita, com voz abafada
Pelo silêncio exigido,
Para aguçar o ouvido
De toda a rapaziada
Que estava sem fazer nada,
Até então. E, agora,
Eis que é chegada a hora
Da companha e seus trabalhos;
E entre elogios e ralhos
Forma o grupo, sem demora.
Ao mar, a canoa aproa
Sobre dois rolos aos vaus
Feitos em esteira de paus
Sobre a areia. Então, destoa
De movediça e a canoa
Nos rolos, sem se enterrar,
É arrastada ao mar
Até ela flutuar.
Às pressas, vão revezando
Vaus e rolos. Tiram quando
A embarcação boiar.
Nessa hora, o patrão dá
Ordens para cada um;
E que tripulante algum
Desobedeça-lhe ou vá
Errar algo, pois será
Expulso de antemão,
Sem aviso e sem perdão
A não ter nada arruinado
E o sujeito sai a nado,
Jogado da embarcação.
O patrão grita: proeiro!
E ele toma o lugar.
Depois retorna a gritar
E embarca o contraproeiro.
Sota!... Voga!... Ré!... Remeiro...
Último a ir é o patrão:
Pula com o remo na mão
Com uma destreza perfeita,
Enquanto tudo se ajeita
Para armar o arrastão.
Cercam o cardume à frente,
No sentido da espia
Para onde o peixe ia
E é travado, de repente,
Quando, imediatamente,
Lançam a rede ao mar
Depois de o voga atirar
À praia a boia e o calão,
Que aos cuidados ficarão
De alguém fixo em um lugar.
Jogam chumbo e cortiça
E seguem remando apressados
E os peixes saltam, cercados,
Os objetos da cobiça.
E o patrão, a rede, iça
Para não pularem fora.
Logo, com pouca demora,
Retorna todo o cardume,
Mas o espaço se resume
E parte do magote aflora.
Com a tainha cercada,
Então é só tentear,
Tracionando-a devagar.
Toda turma aficionada
A não pensar em mais nada,
Além do próprio quinhão
Do ajudante ao patrão
Daquela faina pesqueira.
E começa a brincadeira
Na maior animação.
E o cerco fecha-se assim,
Feito um rosário de contas
O lanço, tendo suas pontas
No combro sobre o capim.
E o pessoal puxa, em fim,
Os dois cabos, de vagar
Até a rede chegar
À praia; e a arrastam à areia
Que por ter toda ela cheia
Param à beira do mar.
Pouco a pouco a rede vem
Se aproximando da praia
Para que o peixe não saia,
Cuidam e muito bem
Enquanto a tainha tem,
Que nadar contra o tecido
Da rede, já comprimido,
Onde o peixe é confinado,
Não correndo mais a nado,
Que arrastado é vencido.
E quando a manta encalha,
A tainha pula ao alto
Em desesperado salto,
A transpor-se sobre a tralha.
Para sanar essa falha
Toda a cortiça é erguida,
Fazendo parte da lida
Já programada também,
Pois a dita faina tem
Toda função definida.
Com o lanço bem mais perto
Todo o negrume, distante
Da manta, é um estonteante
Fulgor de prata coberto
Por ondas do mar aberto,
Também argento na cor
De um idêntico fulgor
Entremeado com o escuro
Que de longe era mais puro,
E ali, quase que incolor.
O arrastão forma uma saia
Ou um saco intumescido
Em um estranho tecido
De areia escura da praia
Junto a rede, antes cambraia
Quarada, e muito limpinha.
Mas com a parede de tainha
Espremida à face inteira
Escurece à maneira
Que o cardume se apinha.
E vão canoas por fora
Para levantar a tralha.
Há peixe entalado à malha,
Outro acuado, aflora
E ao tentar ir embora,
Saltando cai na canoa
Que se enche desde a proa
Até a popa altaneira.
E a atividade pesqueira
Continua numa boa.
Em terra, quase encalhado,
O magote está seguro,
Mas sempre aparece um furo
No pano da rede, achado
Pelo fujão que, a nado,
Escapa com a onda vazante.
Porém, encontra distante
Mãos de garotos espertos
Que ao ver os furos abertos
Esperam logo adiante.
Está na regra da lida,
Pegar o peixe fujão.
Ninguém fica sem quinhão,
Ninguém fica sem comida,
Pois gente desconhecida
Que ali passar, vai levar
Para o sustento do lar,
Tainha, graciosamente,
Dada por um componente
Ao ver alguém sem ganhar.
E essa grande fartura
Tem a distribuição
Para qualquer cidadão
Que se alimentar procura,
Pois sua parte assegura
Levando cheio o bornal.
E a noite, todo animal
Como cães, bichos do mato
Terão também o seu trato
Pela fartura, afinal.
Quando a rede chega em terra
Logo levantam a tralha
Da cortiça. O patrão ralha,
Gesticula, aponta e berra.
Ali, a força se encerra
Para o pano não rasgar.
Puxam-no bem de vagar
Tenteando ao mar vazante
Que pode levar avante
Todo peixe, por azar...
Tainhas seguem aos balaios,
Depositadas num monte
Lá em cima, bem defronte
Da rede, feita em lambaios,
Ante menções e ensaios
De retorná-la ao mar
Com o propósito de lavar,
Depois de tirar o peixe,
De forma que não se deixe
As ondas a enterrar.
Com trabalho duro e lento
Igual cortiço de abelha,
Esvazia-se, parelha,
A rede, com o movimento
Preciso. Nesse momento,
Erguem toda a cortiça
E a montanha roliça
Reduz-se, na areia, a nada.
Mais uma vez enrolada,
Novamente ela se ouriça.
Chega a hora do balanço
Para o montante estimado
De um e do outro lado:
– Deu vinte mili, esse lanço!
– Deu muito mai, olha o avanço
Daquele tão grandalhão!
– Eu acho quele é, então,
Do tamanho deste monte.
Por mais tainha que eu conte
Não acaba a contação!
Sai da rede e o monte aumenta
Formando uma montanha
Em lugar que o mar não banha.
E quanto mais se acrescenta.
E na rede, a cor argenta
Escurece em forma lenta
E fica esfumaçada.
Depois, já com a cor de nada,
Como se de areia pura
Colore-se toda a mistura
De tainha amontoada.
Quando fica esclarecida
A contagem aproximada,
Começa a rapaziada
Alvoroçar-se em torcida
À pesca ser dividida,
Mas não será ainda, não.
Tem lá fora a embarcação...
Pôr a rede no varal...
Só bem no fim, afinal,
Que é feita a repartição.
Em seguida, sem demora,
O montão é feito em dois:
Dos donos das redes, pois,
E o do pessoal de fora
Que é dividido, agora,
Por mais uma vez,
Que é dividida em três:
Para os que “deram uma mão”;
A parte da tripulação
E a de quem em terra se fez.
Os quatro tantos terão
Outras divisões, de novo,
Em que também ganha o povo.
O dos tripulantes são
Divididos. Cada quinhão
É dado por função tal.
A uns, o quinhão é igual;
Para outros, diferentes,
Mas todos saem contentes
E isso é o fundamental.
A maioria vai embora
Depois de vender ou dar
Várias tainhas. No lar,
Cada qual se farta, agora,
Com peixe frito na hora
Ou com a ova de tainha,
Uma iguaria fresquinha
E muito deliciosa:
Degustam-na, por oleosa,
Acompanhada à farinha.
A parte mais trabalhosa
Era a dos donos da rede,
Não tendo matado a sede
Com a cachacinha (a tinhosa)
Com dois dedinhos de prosa,
Coisa que faziam à tarde,
Do lado ao tição que arde,
Tendo que o fogo apagar
Antes de o galo cantar
No dia, o último alarde.
Carros de boi carregados
Levavam cada quinhão
Ao seu dono ou patrão.
Quase por todos os lados
Com a abundância de pescados
Recendia-se o seu cheiro.
E circulava dinheiro
Para toda aquela gente,
Além do escambo corrente:
Peixe seco – o inverno inteiro.
Resto do arrasto, na praia,
Alimenta o graxaim
E o gambá. Coisas assim
Como o cação e a arraia
Que a maré levava à raia
Do cômoro, ou mesmo à beira
Do mato, toda a sujeira
Daquele arrastão do dia.
Sobrava só ninharia
Para a bicharada inteira.
À noite havia um serão
Ao serviço de escalar
O pescado. E, em cada lar,
Faziam um mutirão.
Em enorme caldeirão
Preparavam a caldeirada
E com a lida terminada,
Cansados, iam dormir
A sonhar com o porvir,
Já no fim da madrugada.
O peixe escalado era
Estendido nos varais,
Aos pares proporcionais
Em peso e tamanho – vera
Estética, por mera
Beleza mais singular
Do produto após secar.
Amarrados, dois em dois,
Punham-nos ao sol, depois
Guardavam par sobre par.
Toda graxa ou banha era
Separada e derretida
Para a pomboca, na lida
Da vindoura primavera.
Tendo o fuso já à espera
De futura obra caseira
Da mulher sobre a esteira
A fiar embiras novas,
Por outros tipos de provas
Cochadas de outra maneira.
O produto empilhado
Ia à venda e ao consumo,
Em porções, a cada rumo,
Dependendo do mercado.
Vendido no atacado
A vários comerciantes
Locais. E para os distantes
Mercados, o peixe ia,
Qual rara mercadoria,
Por pombeiros – ambulantes.
Posta ao fogo e derretida,
A graxa torna-se o óleo
Com efeito de petróleo
Para iluminar a lida
De ter a rede tecida
Sob a luz do candeeiro
A desprender o tal cheiro
De banha de peixe e gás,
Quando a noite traz a paz,
Como era de primeiro.
UAU! Parabéns pela linda poesia inspirada nessa pesca que hoje inicia em SC. Jogaste bastante linha,rs... Tomara pesques muitas!rs São ótimas! abraços, chica, linda semana!
ResponderExcluirSua poesia tem gosto e cheiro de tainha, das vivências do mar.
ResponderExcluirAbraço!
Laerte: foi um prazer conhecer tudo o que envolve (e envolveu) a pesca da tainha, que desconhecia, assim como o foi ter lido o teu excelente poema narrativo sobre esta saga. A história local bem precisa de testemunhos deste quilate!
ResponderExcluir(Ademais, acho muito interessante o contributo dos açorianos, eles próprios também ilhéus)
Bjinho :)
A poesia mostra a grandiosidade da tarefa!!! Bj
ResponderExcluirMaravilhosa homenagem narrativa e poética à pesca e tratamento da tainha.
ResponderExcluirUm grande abraço
Maria
Belo poema!
ResponderExcluirBeijinhos
Eita que inspiração e folego.
ResponderExcluirVivi os primeiros vinte anos junto do rio, onde os homens pescavam pelo método do "cerco". Às vezes, convidavam o meu pai para participar. O meu pai era lenhador. Nós éramos muito pobres, a comida escasseava, e era sempre uma alegria quando convidavam o meu pai. Ele trazia sempre peixe, que escalava e punha a secar. Não sei se eram tainhas, mas como vê conheço a arte.
Um abraço
Excelente homenagem, meu amigo Laerte, à Festa da Pesca da Tainha e aos pescadores, como esse teu poema-lição "Pesca de Tainha na Ilha de Santa Catarina", poema que diz bem do teu conhecimento do ofício da pesca, que para mim tem os seus mistérios, os seu perigos e a sua arte. A pescaria é o nobre ofício exercido por homens valentes, que não se atemorizam com os enfrentamentos que têm com o mar, mesmo a quilômetros do litoral, na sua luta contra ondas gigantes e traiçoeiras. Apendi muito contigo, Laerte, no teu texto que vem antes do poema. Parabéns também pelo teu excelente poema, "Pesca de Tainha na Ilha de Santa Catarina".
ResponderExcluirUm grande abraço.
Pedro
Maravilha essa homenagem à pesca da tainha e aos pescadores. Tanto o texto informativo como a bela poesia muitos ensinamentos e conhecimentos nos deixou. Abraços!
ResponderExcluirUma homenagem primorosa à pesca da tainha com poema de tirar o fôlego
ResponderExcluirE as informações nos deixa um legado de vultuoso conhecimento
Obrigada pela visita e pelo poema excepcional sobre o meu acolchoado de nuvens
Um abraço
Gegê
Para escrever um poema desses.... é preciso ter amor ´pela coisa´....Já ouvi falar muito da Taínha por essa zona, mas
ResponderExcluirdepois deste post. nada mais tenho a aprender. Adorei.
Abraço
Aunque el traductor no ha funcionado bien, he podido descubrir una bonita historia y un gran homenaje a esos pescadores.
ResponderExcluirGracias por visitarme, un abrazo.
Por costumbre doy la bienvenida, en el blog, a los que vais llegando, hoy te la he dado a ti. Abrazo
ResponderExcluirP.D. Como me gustaría saber bien tu idioma
Um post interessantíssimo.
ResponderExcluirPrimeiro, pela descrição da tainha (eu não sabia que vinha dos rios para o mar...).
Depois, pelo seu excelente poema, que imortaliza o dito peixe (adivinho que nunca nenhum poeta se atreveu a abordar a tainha do princípio ao fim, ou seja, da sua pesca até ao seu uso, que inclui o óleo/graxa iluminante).
E o seu poema não é grande. Comparado com os Lusíadas é um por cento de um canto...
Bom fim de semana, caro Laerte.
Abraço.
Oi amigo,
ResponderExcluirNem fala em peixe, pois meu marido foi buscar o exame para ver do que estou com essa alergia, se for de peixe me mato, adoro peixe.
Tainha, se comi fora quando criança, não me lembro.
Adorei o poema, adoro aprender.
Um lindo dia
Beijos
Lua Singular
Oi, Laerte!
ResponderExcluirEu frequentei por muitos anos seguidos, a Ilha da Magia, mais precisamente a Barra da Lagoa. Lá, fiz muitos amigos, todos pescadores, muitos pescadores de tainhas. Eles me contavam como pescavam na praia da barra. Do vigia que ficava no alto do morro, esperando avistar o cardume. Como eu só ia a Floripa no Verão, o que aprendi com os nativos "açorianos", foi tarrafear na lagoa e no rio! Até que aprendemos, eu, minha esposa e três filhos, a "matar"alguns camarões! Abraços!
Que poster interessante gosto muito de peixe. Uma pescaria
ResponderExcluirnunca vi. Bom conhecer aqui. Poeta muito criativo. Parabéns
Temos um peixeiro, morador de uma comunidade, a quem encomendamos esse peixe, a saborosa Tainha, como ela é sazonal, só encomendo na época certa,como ele sabe do meu gosto, já nem preciso pedir, ele entrega uma vez por semana, até o fim da estação.Todos aqui em casa gostamos demais, costumo fazer um prato, chamado 'Tainha na telha', telha é uma forma de barro, própria para assar peixes, costumo fazer uma farofa de camarão com os temperos que nos agradam, recheá-la, forrar a forma com azeite de oliva (virgem), tampá-la com papel de alumínio, e a principal etapa COMER. Só não sabia da viagem dela dos rios para o mar. Achava que somente o Salmão era assim, vivendo e aprendendo.
ResponderExcluirGostei demais de tudo que li, aprendi, e me deliciei com o poema.
Abração, Léah
Adorei ler Laerte,pois voltei ao tempo de jovem em que íamos passar férias em uma praia do litoral paulista e havia sempre a pesca da tainha.
ResponderExcluirBjs,obrigada pela visita e um ótimo final de semana.
Carmen Lúcia.
Abençoada inspiração que teve ao escrever esta linda narrativa poética!
ResponderExcluirBom fim de semana
Oi Laerte
ResponderExcluirEstavas divinamente inspirado quando se dispôs a compor este primoroso poema em homenagem à pesca da tainha
Um abraço e bom fim de semana
Oi, Laerte, gostei de saber da Tainha, lembro muito de meu pai que adorava pescar, era apaixonado,mas sempre por esporte. E ouvia falar da tainha e do bagre. Mas você que é especialista em peixe, o que acha do bagre? Já passei maus momentos com bagres e 'mãe d'água' (água viva). Uma dor horrorosa, parece que perde-se os braços.
ResponderExcluirSempre soube que o pescador profissional é um homem corajoso, decidido. Diferente dos amadores que brincam de pescar. Tua postagem não deixa de ser uma bela homenagem!
Abraços daqui do sul, donde temos uma mar não muito amigo, pra lá de revoltado!rss
Gostei de ler!
ResponderExcluirr: Muito obrigada*
Bonita homenagem aos pescadores da pesca da tainha.
ResponderExcluirUm beijo.
Muito obrigado pelas lindas palavras =)
ResponderExcluirBeijinhos
Um peixe com demasiadas espinhas para o meu gosto.
ResponderExcluirAquele abraço, boa semana
Una bella narración poética como homenaje a este pescado y a los pescadores.
ResponderExcluirUn abrazo y feliz semana.
Muito interessante este trabalho meu amigo só é pena eu não gostar de tainhas aqui em Setúbal no rio Sado há muitas mas como andam por baixo dos barcos algumas sabem a gasóleo.
ResponderExcluirUm abraço e boa semana.
Andarilhar
Dedais de Francisco e Idalisa
Livros-Autografados
Su poema es toda una crónica de una costumbre que desconocía.
ResponderExcluirFelicidades.
Cada país tiene sus tradiciones y trata de no perderlas pese al paso de los años.
ResponderExcluirEs bonito el entusiasmo que se pone en la pesca de la lisa, cuando se abre la veda, entiendo que es similar cuando en España se abre la veda de la caza o se festeja la cosecha que tú mencionas en esta entrada. Desconocía que tuviera un sabor tan exquisito.
Un bello poema que resume en verso todo el encanto y profesionalidad de esos pescadores que aman su oficio.
Cariños y buen comienzo de semana.
Kasioles
Estava muito inspirado para o poema. Gostei de ler!
ResponderExcluirUm beijinho no coração, fica com Deus!
♡ Diamonds In The Sky, Daniela Silva
Foi uma leitura interessante...
ResponderExcluirComo dizem os açorianos, que pachorra o amigo tem em escrever uma história narrada em verso rimado! Aplaudo de pé!
Dava-me muito jeito uma tainha fresquíssima, da rede direta para o meu jantar... Só de pensar...
Uma admirável ligação às suas raízes ancestrais.
Dias felizes, Amigo.
Abraço
~~~
Voltei pra agradecer a linda poesia deixada lá nos céus...abraços, ótima semana,chica
ResponderExcluirOlá Silo
ResponderExcluirA época da tainha é a mais gostosa, adoro, é meu peixe favorito.
Abraço.
Com certeza a 'cachacinha 'e os 'dedos de prosa' são essenciais na vida dos pescadores.Não em alto mar,claro.
ResponderExcluirGostei do poema que narra com fidelidade a pesca da tainha.
Amo peixes,mas nao sei distingui-los (sempre pergunto o nome deles)rs
Parabéns e meu abraço
Olá Laerte, obrigada pela visita no meu cantinho.
ResponderExcluirAdorei este post sobre a taínha. Peixe este, que aqui, por este lado do mar, se encontra mais em rios - ou nos estuários - e águas pouco profundas. Aprendi com o poema: interessante, rica e poética a forma de descrever a pesca. Perceber as diferenças de costumes e artes, é um enriquecimento fabuloso. Obrigada.
Uma boa semana.
Beijo de luar
muito interessante a narrativa e o poema muito bem rimado, e original, que deve ter levado muito tempo a escrever(penso eu).
ResponderExcluirbeijinhos
:)
Gostei desta combinação de narrativa assim como do lindo e longo poema!
ResponderExcluirQuanta diferença entre o apreço e fartura da taínha no Brasil e aqui. Saio mais rica!
Beijinho
Laerte, vim ao teu espaço não apenas para agradecer a amabilidade do belo soneto que me dedicaste, como também para conhecer o teu blog.
ResponderExcluirSe já me sentia privilegiada por receber versos de alguém que me visitava pela primeira vez, imagina agora ao ver que os mereci de um poeta/contista/prosador já renomado. Grata por me fazer tão “especial” com a tua deferência.
Quando da primeira vez num espaço gosto de dar uma passeada por algumas postagens para conhecer o estilo da pessoa. E assim eu fiz por aqui, quando pude apreciar a forma como transitas pela vida, esse jeito agradável de estar no mundo blogueiro e de conquistar admiração e respeito dos amigos que te visitam, através das postagens que preenchem o teu olhar e faz surgir os sentimentos e emoções que tu tão habilmente transformas em poesia.
Pude perceber que prezas as tradições, a história, o prazer que tens em homenagear os amigos, a sensibilidade em falar sobre os acontecimentos que causam/causaram impacto, a exemplo da tragédia que vitimou o time Chapecoense, a delicadeza dos versos dedicados às mulheres no seu dia (que são tantos, que são todos, que são eternos...), e notadamente a sensibilidade nos versos com que terminas alguma biografia.
Enterneceu-me a humildade desta autodefinição num dos teus comentários: “Eu sou um versejador. Um engenheiro construtor de versos. Só sei fazer cálculos de sílabas para dar ritmo e contar versos para darem estrofes”.
Também a destacar a homenagem prestada aos profissionais (no seu dia), prenhe de admiração que transformas em belos versos.
Encantou-me também uma postagem onde falas de férias: “Amigos, vou tomar férias... E tiro férias como penso deveria eu ter chegado ao mundo: vir para o mundo a passeio, não a trabalho, diria”.
Que privilégio poder descansar num lugar aprazível, junto dos “amores da tua vida”, numa casa localizada distante da praia apenas 30 metros... Amo o mar, e sempre que posso estou a apreciar aquela imensidão que nos torna tão pequenos diante da sua majestosidade.
Para além destas “pinceladas” existe ainda muito para ler, o que farei ao longo do tempo em que vier te visitar, pois a tua casa é destas que a gente chega e se sente bem acolhido, tendo uma variedade de assuntos para “prosear”.
Finalizando, gostei desta última postagem sobre a tainha, que eu só conhecia mesmo o sabor (risos), principalmente quando a degusto recheada/assada no restaurante (talvez a denominação de buteco fique melhor, rs) de um grande amigo, cuja atração é este peixe.
Já tomei a liberdade de copiar a tua postagem (o poema também), claro que com os devidos créditos, e vou levar para o meu amigo para que amplie os conhecimentos que ele já tiver adquirido sobre o assunto.
Quanto a dizer que se trata de “uma narrativa comprida e chata”, não comungo a tua opinião. Apesar de ser longa, a leitura dos versos nos traz uma cadência deliciosa, gostosa de ler, o tipo de versos rimados que muito me atrai. E tal construção, tu bem sabes, não é qualquer poeta que consegue, pois há que se deter conhecimento/capacidade/determinação e, principalmente, uma veia literária extremamente antenada com a Poesia.
Assim como tu, grande poeta!
Gostei muito de estar aqui, de ter recebido a tua visita, e de ter a certeza de um dia poder te chamar de amigo...
E aqui ouso parafrasear a famosa frase final do majestoso filme, o clássico: Casablanca: “Laerte, acho que este é o começo de uma bela amizade”.
Que tu possas encontrar nas horas dos teus dias centenas de motivos para continuar a sorrir para a vida, e que as estrelas que pousarem no teu olhar possam nos trazer os versos mais bonitos da tua Poesia.
Com muito apreço e consideração,
Helena
Gracias por esta extensa e interesante información.
ResponderExcluirPoco entiendo de pesca, pero hoy en tu espacio he aprendido de la Lisa, (Salmonete) A Tainha y su sabor, la verdad es que no conozco mucho del mundo marino.
Muy bello poema le dedicas a la Lisa.
Un abrazo.
Ambar
Por lo que he leído te gusta pescar, sobre todo salmonete, qué rico, si te sobra alguno me lo mandas.
ResponderExcluirGracias por la bella poesía que me has mandado. refiriénote a la mía, se ve que tu musa está bien despierta.
Un abrazo, feliz fin de semana.
Descrição magnífica. Um Tratado de saberes e Honra a quantos labutam esta faina, tudo muito bem "acolchoado" num Poema de grande valor.
ResponderExcluirMuitos Parabéns, Laerte.
Adorei.
Abraço
SOL
Sempre muito gratificante visitá-lo.
ResponderExcluirUm abraço de bom fim de semana pra ti.
Huuummm...esse peixinho frito "da hora " fez-me crescer água na boca, e acompanhá-lo-ia com a "tinhosa" se eu fosse dada a isso.
ResponderExcluirA introdução que nos insere na época e na faina e, depois, tudo isso vertido num poema, faz-me ter vontade de lá estar e tomar parte nessa actividade. Mas, só vejo homens ali! :) Também por cá a pesca é trabalho de homens. Vêem-se as mulheres na lota, na altura da divisão do peixe.
Muito obrigada por essa transmissão de saberes.
Abraço
Olinda