As
disputas se enceram, mas deixam a marca da garra e de superação dos
competidores. Mais que isso, dão o exemplo, que condições de participação não se
limitam somente a uma minoria, mas são para todos que acreditam em si e em seus ideais.
Nosso viva à Pátria amada
Pelas Paraolimpíadas!
Odisseia ou Lusíadas
De uma classe abnegada,
Que a deficiência é nada
A dar limite à vontade
Ou abata a dignidade,
O patriotismo e o amor
À causa, e seja o que for,
É heroísmo, em verdade.
É um exemplo ao cidadão
Que olha sem ver o alvo
E enxerga o que está a salvo,
Apenas da seleção
Feita já de antemão
A desprezar a evidência.
Olhe os atletas: decência
A um Brasil periclitante
Dado a uma classe bastante
Desonesta, em sua essência.
Vejam alguns medalhistas:
Elmo Ribeiro, Andrezão,
Amintas Piedade... são
Referências em conquistas
Como outros altruístas
De espírito consagrado
Para deixar seu legado
De garra, de amor e fé
Tal Romarinho, Zezé,
Tito, Ozivam Bonfim
E tantos outros, enfim
Que nunca arredaram pé.
São heróis da Pátria amada
Por toda a abnegação.
São exemplos, à nação,
Emblemáticos, à entrada
De um país em novo rumo
Que necessita de aprumo
A modelo de civismo
Do teor do catecismo
Que seguiram os atletas.
Suas ações são repletas
De exemplos e heroísmo.
Hoje se encerra a jornada,
Mas a noção de Lusíadas,
Da atual Paraolimpíadas,
É Odisseia deflagrada
No seio da Pátria amada
Feito o início do caminho
De um Brasil em desalinho
Seguir direção de um norte,
Qual dos heróis do esporte
Que indicam o rumo certinho.
Que hoje nosso Presidente
Assista este encerramento
E o tome como elemento
De inspiração. E ciente
Que temos que ter em mente,
De objetivo, a vitória,
Tenha de exemplo a memória
Desses seres limitados,
Cujos limites são dados
Que doem e que dão história.
Meu amigo Laerte, poeta de reconhecido valor, que da ética não declina, faz seu poema em homenagem às Olimpíadas, esta última para muitos a principal das duas. Na primeira vimos não apenas o atleta vocacionado, treinado, com músculos, visão, mente, todo o organismo funcionando à perfeição, máquina que de reparo não carece, contrariamente da segunda, esta que acaba de ser encerrada, com seus atletas sem a mesma saúde dos primeiros, mas ricos em força de vontade, empreendendo esforços nos esportes que praticaram para obterem a desejada superação e, mais ainda, para a todos transmitirem a sua mensagem de que a vida vale a pena, mesmo que alguns órgãos de seus corpos não estejam como deveriam estar.
ResponderExcluirCongratulo-me contigo, Laerte, pela bela homenagem que prestas aos dignos para atletas, que souberam honrar o nosso país, que vive o pior período de sua história, por ter sido assaltado por políticos corruptos, que envergonham mulheres e homens de bem. Excelente o teu poema, amigão. Parabéns.
Pedro.
Valeu meu prezadíssimo amigo de longínqua data: se certos deficientes mentais que comandaram nosso amado país há recente época não fossem delinquentes e tivessem apenas a moral e ética de certos deficientes físicos ou com necessidades especiais, o povo brasileiro não estaria sem um norte e sem alento, com medo até da própria sombra, com o nosso moral andando de muletas. Deixo patente minha gratidão às palavras elogiosas do amigo. Laerte.
ExcluirMaravilhoso! As pessoas com deficiência física precisam do nosso estímulo, demonstração de apoio e de luta conjunta pela democratização das oportunidades de acesso para além do âmbito dos jogos, para que tenham uma existência cotidiana digna e feliz.
ResponderExcluirAgradeço à Marilene dos Santos pelas palavras elogiosas e à comunhão com meu parecer. Registro também ser uma honra enorme, ter em meu humilde blog, Mestra de tamanha relevância na área educacional. Deixo patente ainda minha admiração como persona grata ao nosso convívio que sempre soma. Minha gratidão. Laerte.
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