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quinta-feira, 12 de outubro de 2023

DIA DA PADROEIRA DO BRASIL

       Com o Brasil dividido entre esquerda e direita, branco e preto, rico e pobre, nós e eles, desanima a gente exarar alguma opinião de onde estamos e aonde iremos. Vê-se a floresta amazônica em chamas indecorosas sob o olhar cego da “turma do amor” que tanto criticava o “gabinete do ódio” do Governo anterior por uma queimada esporádica à agricultura.   

     É triste, constrangedor e perigoso dar a identificação política que se tenha, se ela divergir da identidade daquela dos “omi qui mandam”, visto que no cenário em que se vive, mesmo a palavra democracia vinda do grego com sentido categórico de significado, dada deterioração semântica, cada banda (sã ou podre), clã ou tribo tem a sua definição ajustada aos interesses afins e o que é democracia para um lado, não é para o outro. 

 Inclusive a santíssima Igreja Católica Apostólica Romana já a estão chamando de “Igreja caótica apostática romântica” dada pobreza franciscana. E sendo hoje o Dia de Nossa Senhora Aparecida, Padroeira do Brasil, pouco se fala na romaria e festa que ocorre todos os anos no Santuário da Virgem em Aparecida do Norte, São Paulo, porque o Bispo de lá, tendo um viés que o cristão julga canhoto, aceitou ministrar a sagrada eucaristia com hóstia consagrada por ele, à figura do escalão do Governo, que dizem ser socialista ateia, semanas antes do dia da Padroeira. E em decorrência dessa e de outras posições da autoridade religiosa citada, a romaria deste ano iria ser pífia, bem diferente daquela do ano anterior com multidão imensa em que os Padres Salesianos rezavam o rosário, enquanto os sinos da capela ao lado deles foram acionados para tumultuar a sessão de orações dos diferentes em posicionamento ideológico que tem a autoridade referida.  

Porém, nem tudo está perdido, porque hoje, no Brasil, é Dia da Criança também. Então, é melhor a gente se despir da indumentária de responsabilidade adulta para envergar um traje da alma infantil e assim, na ingenuidade, dar um suspiro de criança, sorrir e rir às gargalhadas por tudo isso, sentindo que o mundo está muito doido e, que às vezes, ele não merece a nossa lucidez. Só a credulidade ingênua do infante que há em mim faz aceitar mentiras, para conviver sem desavenças, entre diferentes e suplantar a discórdia com a tolerância como se fosse covardia. E, então, poder coexistir na paz, porque no amor pregado por Jesus é dose para mamute e essa suposta toxidade tumultuaria nosso raciocínio lógico, capaz de nos fazer crer em falsas narrativas e expedientes em recorrências rasteiras dos diversos. Portanto, em plena lucidez que ainda cultivamos, vivamos a criança que habita nossas almas. E oremos pelas crianças intra-uterina (contra o aborto) e as demais submetidas à ideologização das diversidades sexuais, que eles nominam de gêneros como se houvesse mais que dois – a pinta e o pinto. 

VIVA O DIA DA CRIANÇA 
Laerte Tavares
 
Hoje é Dia da Criança e a nossa alma infantil /

Vive em nós com o perfil do adulto que alcança /

A velhice, mas a mansa alma é ainda adolescente /

E transmite à nossa mente aquela luz da alegria. /

Que sejamos neste dia a luz que nossa alma sente.