DEPOIS DE ALGUNS DIAS DE FÉRIAS DE INVERNO EM MINHA QUERIDA ARMAÇÃO DO ITAPOCORÓY, NÃO PUDE DEIXAR DE FAZER UNS VERSINHOS...
ARMAÇÃO
DE ITAPOCORÓI
NO FIM DE UMA MANHÃ ENSOLARADA
O mar é de um azul claro, estampado
Por marolinhas mansas cor de prata,
A refletir a luz que o sol refrata
Em suas cristas e sai do outro
lado.
Um barco adentra o porto, já
adernado,
Talvez por pescaria boa e
farta
Desta Armação que a tradição
retrata
Numa fartura do rico pescado.
Ah, bela Armação, doce e
querida!
Dos ancestrais que me geraram
a vida,
Minha e vindouros que
eternizarão
A tradição da pesca, como a
lida
Precípua sua, que foi
concebida
Desde o começo a ser Armação.
VENTO OESTE
Quando o vento oeste encrespa
o leito
Do mar que se acinzenta, marolento,
O pescador já sabe que esse
evento
É o prenúncio de seu bom
proveito.
Um lanço de tainha está
sujeito
A efetivar-se, na calma do
vento,
Que além do peixe para o seu
sustento
Traz o dinheiro a um inverno
perfeito.
Assim, o pescador artesanal
Conhece bem a pesca sazonal
Que no inverno elege a tainha
À pescaria como um ritual,
Desde o verão, para ter o
final
Só quando agosto chega, ou se
avizinha.
Nenhum comentário:
Postar um comentário