Nilson Vasco Gondin
livro LIBERDADE ESCRITA COM SANGUE
Símbolo da FEB
Símbolo da Força Aérea Brasileira
com a imagem do Cruzeiro do Sul.
Pua é a ponta da verruma e a expressão
"Senta a pua!" significava algo como ex-
expressões atuais: "manda ver!" ou
"manda bala!"
Cinco de maio, dia em que celebramos a memória do grande herói brasileiro, o expedicionário que ajudou a conquistar a “liberdade aos países livres” ao preço de seu sangue e das lágrimas de seus familiares. Como olvidá-lo? Não queremos repetir o que é da História desta amada Nação. O expedicionário é um herói consagrado e conhecido pelos adultos que têm o dever de transmitir conhecimentos cívicos às crianças e aos adolescentes. Importante nos lembrar desse valoroso homem e de seus feitos ao serviço da Pátria.
Alguém disse que o brasileiro só iria à guerra no dia em que a cobra fumasse. Símbolo, depois empregado pela Força Expedicionária Brasileira (FEB) – uma cobra fumante. Em meio aos horrores enfrentados na luta, no inverno, ao chegar à cordilheira dos Apeninos, ante as batalhas severas em que mal conseguia dormir, nosso soldado teve de improvisar.
No frio de 20ºC negativos, forrava os pés com jornais velhos sob as meias ao coturno, excelentes isolantes térmicos, o que fez os soldados americanos imitá-lo. O jovem obrigava-se a comer o que lhe fosse oferecido, e por isso, colocaram-lhe o apelido de Avestruz – símbolo desenhado nos tanques de guerra e nos narizes dos aviões caças – um avestruz atirando para todos os lados. (O bullying não funciona para os fortes). Há relatos de que os pilotos brasileiros foram os mais audazes em combate. Exemplo: Durante a tomada do Monte Castelo davam rasantes extremos, radicais e perigosíssimos, conseguindo com precisão, disparar as bombas no colo do inimigo.
O principal objetivo do pracinha brasileiro era vencer a luta e voltar para a sua casa sob a luz da atmosfera brasileira. E ele conseguiu quando da tomada do Monte Castelo, último bastião dos nazistas em que nas duas tentativas, as Forças Norte-americanas foram rechaçadas com muitas perdas de vidas. O infante brasileiro chegou lá aos limites de suas forças, mas cantando os seus sambas improvisados. Depois fez amizades com italianos e até hoje é homenageado na Itália por ter sido o liberatori, ao contrário da sua Pátria que logo ao pisar em solo brasileiro, a FEB já estava extinta.
Posto aqui foto do herói condecorado por atos de bravura, Nilson Vasco Gondin, de família de origem Viking que imigrou aos Açores e de lá para o Brasil. Nilson, nascido em Florianópolis, foi meu chefe quando assumi como engenheiro fiscal da Caixa Econômica Federal. Tive a honra de conhecer muito da história da Segunda Guerra a partir dos relatos de Nilson e de outros expedicionários com quem convivi, como é o caso do Sr. Milton Fonseca e Emanoel Assis, irmão de um tio meu. O que me fez escrever o romance UM SOL DADO À LIBERDADE, narrando fatos históricos e pormenores vivenciados no teatro de guerra quando da participação desses catarinenses até hoje festejados em nosso Estado. Os pracinhas saíram da Itália aos aplausos do povo, principalmente às enfermeiras brasileiras que tiveram um papel extraordinário na guerra pelo excepcional atendimento. Despediram-se daquele maravilhoso povo cantando a Canção do Expedicionário.
internet - soldado brasileiro no front com capacete de aço
sobre o de fibra e com seu fuzil de baioneta calada
A TOMADA DO MONTE CASTELO
Meu Brasil, cinco de maio
É Dia do Expedicionário,
Merecedor de um sacrário
De luz, pois igual Sampaio,
Demonstrou não ser lacaio
E deu sua vida à Guerra
Para defender a terra
Desta Nação brasileira,
Tendo por sua bandeira,
O que a brasileira encerra.
Os pracinhas brasileiros
Mostraram brio, destemor,
Moral, paz interior
E altivos, sobranceiros,
Provaram aos estrangeiros
Serem vocacionados
À guerra; como os soldados
Mais combativos no front
E com a tomada de um Monte
Eles foram consagrados.
Famoso o Monte Castelo,
Covil sacro do inimigo
Representando um perigo
Pelo local – "il capello”
Que o diabo, por flagelo,
Usava para assombrar
Todo e qualquer militar
Que ousasse às subidas,
Porém com perdas de vidas
O Brasil pode o assaltar.
O P-47 (Thunderbolt) era
Famoso avião de caça
Que o brasileiro, com raça,
Usou a “nova pantera”
Fazendo o que não se espera
De um piloto aprendiz
Que desenhou no nariz
Do avião um avestruz,
Para poder fazer jus
Ao que a herói não condiz.
De ações quase suicidas,
Em seus radicais rasantes,
Ele arrasou tudo, antes
Dos infantes, às subidas
Em progressões protegidas
Por fogo da artilharia
Que à retaguarda cobria,
Chegassem para dar cabo
Ao tal chapéu do diabo
Invencível, se dizia.
Estribilho:
E foi à desforra, ao fim
Do fogo inimigo atuar
E a ter que ceder lugar
Ao intrépido clarim
E a nossa bandeira, assim
Ser hasteada no alto
Do Monte, ao último assalto
Que à guerra pôs um fim!
Olá!
ResponderExcluirInfelizmente é sempre só com o sangue que se conseguem os grandes feitos, pela liberdade.
Um abraço!
Fabulosa AULA de história brasileira. Grato pela partilha. Fui ouvir a Canção do Expedicionário. Gostei de ver as imagens das meninas, dos barcos, enfim da história do Brasil. Gostei logicamente da música que de certa forma já conhecia.
ResponderExcluirAcredito que o seu livro UM SOL DADO À LIBERDADE, seja fascinante de ler. Deixo-lhe os meus parabéns.
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Abraço poético
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Pensamentos e Devaneios Poéticos
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Interessante leitura bem esclarecedora.Moso lindo da data marcar! abraços, chica
ResponderExcluirExcelente texto aqui nos apresenta, amigo Laerte.
ResponderExcluirUm retrato bem demonstrativo da história do Brasil.
Abraço amigo!
Fantástica publicação!! :)
ResponderExcluir.
O pouso da ousadia...
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Beijos
Uma excelente tarde!
Olá, amigo Laerte!
ResponderExcluirQue texto tão patriota e a canção, que estive escutando, agora, também. Eles cantam mto bem, afinados e de forma garbosa. Até parece k estão cantando em Português de Portugal, visto que eu entendi tudo o que eles cantaram.
Para se defender nossa Pátria, arriscamos e damos a vida, sempre assim foi, embora o conceito de Pátria agora esteja fraquinho.
Dia 05 desse mês, dia em que se comemora, celebra a memória do Expedicionário, que ajudou a conquistar a Liberdade.
O expedicionário, penso que seja Nilson Vasco Gondin, que muito lutou pelo seu país ficando na História.
Os homens mais velhos vibram com esse feito e com a canção e você é um dele, ou seja, é uma joia que já tem meio século.
Parabéns aos seu post tão completo e heroico.
Grata pelo seu comentário no meu blogue, que adorei.
Abraços e muita saúde.
Decirte que me gusto mucho la narración y la canción. Nos dices que pronto se olvidaron de este grupo de personas, aquí nos pasa mas o menos lo mismo con el destacamento de soldados que resistió casi un año en una pequeña iglesia de la localidad filipina de Baler como ultimo reducto español en las Filipinas. Cuando por fin comprendieron que ya no hera territorio español y depusieron las armas el joven ejercito filipino les rindió honores cuando salieron de la iglesia. Esta gesta se recuerda casi mas allí que en España. Este grupo de soldados se los conoce como "los últimos de Filipinas".
ResponderExcluirSaludos.
Uauu"" Uma narrativa fascinante sobre a História do meu Brasil. Patriotas sempre me emocionaram, e nos dias atuais, eles estão escassos. Parabéns pela minúcia do relato, denotando o teu conhecimento sobre esse período . Adorei.
ResponderExcluirBeijo doce .
Que palavras tão preciosas de se ler!
ResponderExcluirLi cada linha com muito carinho!
Um abracinho, Sol!
Megy Maia🌺😊🌺
Estamos mesmo sempre a aprender.
ResponderExcluirAbraço, bfds
É sempre bom falar da história e homenagear o que foi feito e que marcou diferença!
ResponderExcluirGostei da leitura e do vídeo, a música e as imagens lembram os filmes antigos!
Abraço e bom fim de semana!
aprendemos até morrer ja dizia a minha avo bjs tudo de bom com muita saude bom fim de semana
ResponderExcluirÉ sempre bom lembrar os momentos de gloria e de derrota também, que um dia os homens consigam evitar as guerras e suas mortes inevitáveis, o sentido da vida não deve ser morrer, jamais.
ResponderExcluirLembro de na escola primária ter um livrinho com hinos, incluindo a Canção do Expedicionário.
Abraço!
Magnífica descrição Histórica que não conhecia e que muito me comove.
ResponderExcluirA Honra e a Glória para todos os Expedicionários de todas as Guerras; os sacrifícios não são coisas vãs, embora a memória das gentes seja "coisa" fraca.
A minha Homenagem pessoal de Expedicionário noutra Guerra.
Abraço
SOL da Esteva
Ótima matéria.
ResponderExcluirQue lindo texto amei de coração💗💚 um beijinho😘 feliz domingo.
ResponderExcluirAmigo Laerte.
ResponderExcluirObrigada por esta lição de História, que confesso desconhecia.
A bravura e o heroísmo, deve ser assinalada com orgulho.
Adorei, o histórico vídeo também !
Finalizando com o seu brilhante poema, que me deixou emocionada.
Receba o meu abraço, grato e amigo.
Fê
Caro Laerte, que importante memória histórica!
ResponderExcluirAbraço, boa semana!
É bom celebrar sempre quem lutou pela liberdade. A memória de um País não é para ser esquecida. Parabéns pelo seu post.
ResponderExcluirUma boa semana com muita saúde.
Um beijo.
Amigo Laertes, es portuno hacer memoria de las gestas y los personajes heróicos, que lucharon para emancipar a los pueblos de las coyundas de sistemas opresores. Relevantes como es usual en tus entradas, la prosa, y el poema como remate del post. Un abrazo.
ResponderExcluirNOTA BENE: gracias por tu comentario solidario con las protestas sociales, que el gobierno ha buscado silenciar con la violencia policial. Un abrazo. Carlos.
Desconhecia por completo os factos que aborda neste post. Foi uma lição de História para mim.
ResponderExcluirE gostei muito do seu poema, alusivo ao expedicionário.
Continuação de boa semana, caro amigo Laerte.
Abraço.
Desconhecia tb este belo episódio da história brasileira.
ResponderExcluirGostei da forma como é descrita
Essa homenagem ficou muito bela, sim Laerte
ResponderExcluiré inspirador para a juventude que não sejam esquecidos os atos de coragem que tiveram como objetivo a defesa e a partilha da liberdade
Eu já tinha lido algumas coisas sobre a participação dos brasileiros na segunda guerra mundial, mas vou tentar saber um pouco mais!
abraço, boa semana
Obrigado pela publicação da história dos heróis espanhóis que podem contribuir para minha visão. Publicação interessante.
ResponderExcluirSaudações de amizade da Indonésia.
Saudações brasileiras. Gostaria e tomo a liberdade de corrigir o lapso de meu querido amigo indonésio: onde lê-se "heróis espanhóis", entenda-se heróis brasileiros. Escusas! Gratidão! Laerte Tavares.
ExcluirDignidade, Honra e Glória.
ResponderExcluirAbraço, Laerte
SOL da Esteva
Gostei muito de ler, amigo Laerte, tão ignorante que estava destes factos.
ResponderExcluirApenas sabia que os brasileiros pertenceram aos Aliados e que tinham penetrado na Europa pela Itália... É justo que o Brasil não deixe morrer os seus heróis...
A luta dos heróis de hoje tem sido e imensa resistência no perpétuo socorro às pessoas asfixiadas pelo covid 19 e afins...
Há muitos genes de bravura no sangue dos brasileiros.
Dias bons e agradáveis, na medida do possível. Um abraço, meu amigo.
~~~~~
Belíssima publicação, Laerte, muita emoção.
ResponderExcluirA canção do Expedicionário é linda, um orgulho.
Parabéns pela postagem tão brasileira, tão nossa, tão rica!
Grande abraço, amigo, uma feliz semana!
Beijos a todos aí.
Caro Laerte, eu pensei que conhecia a história do expedicionário, porém sua publicação mexeu com minhas emoções, saber mais sobre este homem de brio, homem que tem o Brasil desenhado no coração.O heroi, que devemos homenagear sempre.Sinto grande comoção ao cantar ou ouvir o nosso hino nacional, portanto o sentimento foi semelhante com tão rica letra da "Canção do Expedicionário".Parabéns, e obrigada por tão valiosa partilha. Grande abraço!
ResponderExcluirNão sabia conheço muito pouco da 2ª Guerra Mundial e da 1ª - na 1ª o meu avô paterno com 19 anos teve de se alistar e esteve em França - por cá perdeu a noiva que se casou com outro e quando regressou casou com a irmã mais nova dela, a minha avó paterna.
ResponderExcluirPois é, meu amigo Laerte, a comemoração do Dia do Expedicionário, 5 de Maio, tem sido um pouco negligenciado, pois o que devia acontecer há muitos anos, a comemoração nas escolas, em todo o país, infelizmente não tem ocorrido. De 10 anos para cá, tive a sorte de encontrar um vídeo no YouTube, sobre a tomada de Monte Castelo, e depois disso vejo com frequência filmes por esse canal sobre os Expedicionários brasileiros, em linha de frente ou então no Brasil, onde moram os Pracinhas ou onde eles comemoram a data, nos encontros que fazem, muitas vezes em Brasília, os poucos que ainda estão vivos, e que continuam contando suas histórias de heroísmo. Daí, Laerte, ter sido oportuna essa tua bela postagem, com esse excelente relato e com teu belo poema. Felizmente, agora, podemos rever a história desses heróis, vendo muitos filmes do YouTube, com histórias de grande valia para nós.
ResponderExcluirParabéns pelo meritório trabalho.
Um grande abraço, soldado Laerte!
"Você sabe de onde eu venho? [...]"
ResponderExcluirVenho dum tempo passado
Sem da Guerra ter cuidado
Por ter nascido ela finado
Mas meu já grande existir
Deu para aprender e aqui vir
Aprender uma lição: Liberdade
De quem em coragem na flor da idade
Me deu o maior bem: lutando pela Verdade.
Esse sou eu, sei d'onde vim
Para onde vou, não sei. Talvez um bom fim.
Parabéns, Amigo Laerte, por esta página de Glória e sentida homenagem a Homens e Mulheres que, longe da sua Pátria, foram lutar por uma Causa tão justa, como premente. Estava em causa um Mundo de Sombras e Terror, o Caos e a Destruição.
Foi mau demais...e a seguir, nasci eu.
Um grande abraço e saúde
Viva o Povo Brasileiro e o Brasil, Justo, Democrático e Próspero.
Interessante e histórico.
ResponderExcluirUma sentida e bela homenagem.
Um grande abraço
Muito interessante este pedaço da vossa história.
ResponderExcluirGostei muito da Canção do Expedicionário.
Abraço e saúde
Passei para ver as novidades.
ResponderExcluirMas gostei de reler o seu excelente poema.
Bom fim de semana, caro Laerte.
Abraço.
Lembrar feitos heróicos que, muitas vezes, a História deixa esvair na sombra dos tempos, é um Acto muito digno, louvável, precioso...
ResponderExcluirObrigado, Laerte. Mantém os mais jovens acordados para o que a Pátria lhes legou.
Abraço
SOL da Esteva
Nunca é demais, lembrar estes heróis... e foram tantos e desconhecidos, quer na Primeira Guerra, quer na Segunda... que pagaram com a vida, a possibilidade de outros, terem uma vida bem melhor, num mundo bem mais democrático e justo!...
ResponderExcluirQue nunca se percam os valores da democracia, pelos quais estes heróis tanto lutaram... é o mínimo que todos lhes devemos... prosseguir as suas batalhas... até porque a democracia, é uma conquista diária... e mais que nunca, numa fase de crise mundial, como esta pandemia... muitos perigos à sua continuidade sempre espreitam...
Magnifica homenagem, Laerte! Deixo um enorme abraço e votos de um excelente fim de semana, estimando que se encontre de saúde, assim como todos os seus! Tudo de bom!
Ana
Agradeço a partilha, pois fiquei a conhecer um pouco mais da história brasileira, que desconhecia.
ResponderExcluirAbraço amigo.
Juvenal Nunes
Olá poeta, passando aqui pra te deixar o endereço do SEMENTES
ResponderExcluirhttps://opoetanomeiaoleitorincendeia.blogspot.com/
Estou te esperando por lá ....Vem...
Apesar dos males que a guerra compreende, há várias histórias de soldados inspiradoras e que mostram a beleza do ser humano seja pela coragem ou mesmo por procurarem a paz. Gostei de ler.
ResponderExcluirLinda Partilha. Abraço.
ResponderExcluirSobre a obra UM SOL DADO À LIBERDADE, consigno aqui mensagem de meu amigo de longa data, com ascendência portuguesa do Porto de onde, também, vieram os meus – Laudares Capela: “Bom dia, Laerte. Estou para te dizer há tempo que li teu livro. Aceite os meus parabéns! O nome é bem sugestivo. Eu admiro as pessoas com determinado dom. E você é uma dessas pessoas. Deus te concedeu vários dons.”
ResponderExcluirBOA TARDE, POETA AMIGO E MESTRE, PARABENIZO-O PELA SUA ARTE POÉTICA, UM UNIVERSO DE POESIA QUE ADEJAM PELA INFINITO. PARABÉN E FELICIDADES
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